Pilhas e baterias: o que fazer quando elas acabam?!
Elas são cada vez mais necessárias num mundo em que a mobilidade de eletrônicos deixou de ser apenas um conceito. Porém, embora haja diversos tipos de pilhas e baterias, incluindo os tidos como mais ecológicos, é inegável que elas oferecem risco a saúde e ao meio ambiente se não forem descartadas adequadamente.
Eis então que surge o grande problema: o que fazer com aquela pilha ou bateria esgotada?
Antes é preciso conhecer o tipo de pilha ou bateria que se pretende descartar, pois seu destino dependerá da sua composição química.
Quem é quem?
Pilhas de Zinco Carvão¹
As Pilhas de Zinco-Carvão são as "portáteis" de uso geral (brinquedos, lanternas, rádios, etc.). Também chamadas pilhas de Leclanché, estão contidas em um recipiente de zinco. Uma haste de carvão no centro da pilha funciona como coletor de corrente. Outras substâncias presentes neste tipo de pilha são dióxido de manganês, carvão pulverizado, cloreto de amônio, cloreto de zinco e água.
Pilhas Alcalinas¹
São semelhantes as anteriores, o que as diferencia é justamente a substituição do cloreto de amônio e cloreto de zinco por uma solução fortemente alcalina (daí nome) hidróxido de potássio. Esta substituição permite que este tipo de pilha tenha eficiência energética 5 a 8 vezes maior que as Zinco Carvão.
Baterias de Chumbo²
São as baterias utilizadas normalmente em veículos. São constituídas basicamente de chumbo e de dióxido de chumbo em pó, ambos mergulhados em uma solução de ácido sulfúrico, dentro de uma malha de liga chumbo-antimônio. A reação química neste tipo de bateria produz sulfato de chumbo (PbSO4).
Baterias de Níquel-cádmio (NiCd)³
Foi o primeiro tipo de pilha ou bateria recarregável a ser desenvolvida. Em tendência ao desuso, num passado recente foi utilizada na composição de diversos equipamentos eletrônicos (Computadores portáteis, telefones móveis, telefones sem fio, etc.) muitos ainda em uso ou sendo gradativamente descartados atualmente, e é exatamente aí onde mora o perigo. Pelo fato de empregarem cádmio em sua composição, essas baterias são consideradas como altamente nocivas ao meio ambiente, devendo seu descarte ser o mais adequado possível.
Baterias de Níquel-hidreto metálico (Ni-MH)²
Também presente em muitos computadores portáteis, telefones móveis, telefones sem fio, câmeras digitais, etc. Entre as diferenças das baterias NiCd se destaca a substituição do Cádmio pelo Hidrogênio. Este, absorvido em uma liga, na forma de hidreto metálico, como material ativo no eletrodo negativo.
Baterias de íons de Lítio (Li-ion)³
Consideradas por alguns como as baterias recarregáveis de terceira geração, são hoje amplamente utilizadas em telefones móveis, computadores portáteis, câmeras digitais, marca passos e outros dispositivos médicos. Representam riscos ambientais muito menores do que as de níquel/cádmio.
Agora, conhecendo melhor as pilhas e baterias, seria uma boa opção (inclusive econômica) evitar o consumo de pilhas comuns, substituindo-as por baterias recarregáveis. No entanto, vale lembrar que estas baterias um dia também vão precisar ser descartadas.
Em algumas cidades do Nordeste como Aracaju, Recife e Salvador, já é possível ver timidamente em algumas lojas da rede Walmart uma pequena caixa para descarte de pilhas e baterias usadas.
Cabe a nos consumidores procurar ou solicitar em nosso mercado de preferência coletores adequados para pilhas e baterias usadas. O problema é que, de modo geral, esse descarte não é oficialmente para todo tipo de bateria.
Dentre todos os tipos de pilhas e baterias existentes, apenas cinco possuem regulamentação pelo CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) acerca de suas composições e descarte. Segundo a resolução CONAMA 401/2008, somente as baterias de Chumbo, Níquel-Cádmio e Óxido de Mercúrio possuem proibição expressa para serem descartadas em aterros sanitários.
A resolução também estabelece que, num prazo de 24 meses a partir de sua publicação, ou seja, até 5 de novembro no ano passado, os fabricantes deveriam promover um sistema de gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias portáteis em conjunto com os pontos de vendas.
No entanto não é o que se vê na prática. Nós, os consumidores, deveríamos ter mais facilidade para encontrar coletores e descartar adequadamente este tipo de produto.
Está lá:
Art. 4º Os estabelecimentos que comercializam os produtos mencionados no art 1º (pilhas e baterias portáteis, das baterias chumbo-ácido, automotivas e industriais e das pilhas e baterias dos sistemas eletroquímicos níquel-cádmio e óxido de mercúrio), bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, deverão receber dos usuários as pilhas e baterias usadas, respeitando o mesmo princípio ativo, sendo facultativa a recepção de outras marcas, para repasse aos respectivos fabricantes ou importadores.
(. . .)
Art. 19. Os estabelecimentos de venda de pilhas e baterias referidas no art. 1º devem obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados.
Embora a legislação brasileira faculte a interpretação que permite o descarte de pilhas comuns no lixo doméstico, cabe destacar que em muitos países da Europa e em alguns estados dos Estados Unidos o recolhimento e a destinação adequada deste tipo de produto é de responsabilidade do fabricante, assim como já trata as baterias de Chumbo, Níquel-Cádmio e Óxido de Mercúrio.
O que dizem os fabricantes
É lamentável atestar que de todos os fabricantes e importadores nacionais de pilhas comuns pesquisados, somente em um website havia informações sobre como descartar adequadamente este produto.
Se for copiar, cite a fonte.
1 Com informações de Klick Educação.
² Com informações de Wikipedia.
³ Com informações de Bocchi et al (2000).
Eis então que surge o grande problema: o que fazer com aquela pilha ou bateria esgotada?
Antes é preciso conhecer o tipo de pilha ou bateria que se pretende descartar, pois seu destino dependerá da sua composição química.
Quem é quem?
Pilhas de Zinco Carvão¹
As Pilhas de Zinco-Carvão são as "portáteis" de uso geral (brinquedos, lanternas, rádios, etc.). Também chamadas pilhas de Leclanché, estão contidas em um recipiente de zinco. Uma haste de carvão no centro da pilha funciona como coletor de corrente. Outras substâncias presentes neste tipo de pilha são dióxido de manganês, carvão pulverizado, cloreto de amônio, cloreto de zinco e água.
Pilhas Alcalinas¹
São semelhantes as anteriores, o que as diferencia é justamente a substituição do cloreto de amônio e cloreto de zinco por uma solução fortemente alcalina (daí nome) hidróxido de potássio. Esta substituição permite que este tipo de pilha tenha eficiência energética 5 a 8 vezes maior que as Zinco Carvão.
Baterias de Chumbo²
São as baterias utilizadas normalmente em veículos. São constituídas basicamente de chumbo e de dióxido de chumbo em pó, ambos mergulhados em uma solução de ácido sulfúrico, dentro de uma malha de liga chumbo-antimônio. A reação química neste tipo de bateria produz sulfato de chumbo (PbSO4).
Baterias de Níquel-cádmio (NiCd)³
Foi o primeiro tipo de pilha ou bateria recarregável a ser desenvolvida. Em tendência ao desuso, num passado recente foi utilizada na composição de diversos equipamentos eletrônicos (Computadores portáteis, telefones móveis, telefones sem fio, etc.) muitos ainda em uso ou sendo gradativamente descartados atualmente, e é exatamente aí onde mora o perigo. Pelo fato de empregarem cádmio em sua composição, essas baterias são consideradas como altamente nocivas ao meio ambiente, devendo seu descarte ser o mais adequado possível.
Baterias de Níquel-hidreto metálico (Ni-MH)²
Também presente em muitos computadores portáteis, telefones móveis, telefones sem fio, câmeras digitais, etc. Entre as diferenças das baterias NiCd se destaca a substituição do Cádmio pelo Hidrogênio. Este, absorvido em uma liga, na forma de hidreto metálico, como material ativo no eletrodo negativo.
Baterias de íons de Lítio (Li-ion)³
Consideradas por alguns como as baterias recarregáveis de terceira geração, são hoje amplamente utilizadas em telefones móveis, computadores portáteis, câmeras digitais, marca passos e outros dispositivos médicos. Representam riscos ambientais muito menores do que as de níquel/cádmio.
Agora, conhecendo melhor as pilhas e baterias, seria uma boa opção (inclusive econômica) evitar o consumo de pilhas comuns, substituindo-as por baterias recarregáveis. No entanto, vale lembrar que estas baterias um dia também vão precisar ser descartadas.
Em algumas cidades do Nordeste como Aracaju, Recife e Salvador, já é possível ver timidamente em algumas lojas da rede Walmart uma pequena caixa para descarte de pilhas e baterias usadas.
Cabe a nos consumidores procurar ou solicitar em nosso mercado de preferência coletores adequados para pilhas e baterias usadas. O problema é que, de modo geral, esse descarte não é oficialmente para todo tipo de bateria.
Dentre todos os tipos de pilhas e baterias existentes, apenas cinco possuem regulamentação pelo CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) acerca de suas composições e descarte. Segundo a resolução CONAMA 401/2008, somente as baterias de Chumbo, Níquel-Cádmio e Óxido de Mercúrio possuem proibição expressa para serem descartadas em aterros sanitários.
A resolução também estabelece que, num prazo de 24 meses a partir de sua publicação, ou seja, até 5 de novembro no ano passado, os fabricantes deveriam promover um sistema de gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias portáteis em conjunto com os pontos de vendas.
No entanto não é o que se vê na prática. Nós, os consumidores, deveríamos ter mais facilidade para encontrar coletores e descartar adequadamente este tipo de produto.
Está lá:
Art. 4º Os estabelecimentos que comercializam os produtos mencionados no art 1º (pilhas e baterias portáteis, das baterias chumbo-ácido, automotivas e industriais e das pilhas e baterias dos sistemas eletroquímicos níquel-cádmio e óxido de mercúrio), bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, deverão receber dos usuários as pilhas e baterias usadas, respeitando o mesmo princípio ativo, sendo facultativa a recepção de outras marcas, para repasse aos respectivos fabricantes ou importadores.
(. . .)
Art. 19. Os estabelecimentos de venda de pilhas e baterias referidas no art. 1º devem obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados.
Embora a legislação brasileira faculte a interpretação que permite o descarte de pilhas comuns no lixo doméstico, cabe destacar que em muitos países da Europa e em alguns estados dos Estados Unidos o recolhimento e a destinação adequada deste tipo de produto é de responsabilidade do fabricante, assim como já trata as baterias de Chumbo, Níquel-Cádmio e Óxido de Mercúrio.
O que dizem os fabricantes
É lamentável atestar que de todos os fabricantes e importadores nacionais de pilhas comuns pesquisados, somente em um website havia informações sobre como descartar adequadamente este produto.
Se for copiar, cite a fonte.
1 Com informações de Klick Educação.
² Com informações de Wikipedia.
³ Com informações de Bocchi et al (2000).
fonte: PORTAL DO MEIO AMBIENTE
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