segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

reflexão e recomendação de livro


“ A consciência de que graves danos já foram causados ao meio ambiente e ao equilíbrio climático saudável do qual nossa civilização depende pode desencadear uma desespero paralisante. O perigo é que esse desespero pode nos tornar incapazes de tomar as rédeas de nosso próprio destino a tempo de evitar a inimaginável catástrofe que assolará o planeta se não começarmos a fazer mudanças dramáticas rapidamente.
A maioria dos especialistas em crises climáticas concorda que nós provavelmente ainda temos tempo para evitar o pior dos impactos e abrir caminho para uma longa , mas sem dúvida bem – sucedida , recuperação do equilíbrio climático e integridade ecológica que são tão cruciais para a sobrevivência da nossa civilização.
De qualquer forma , esse desespero é inútil se a realidade ainda nos oferece esperanças. O desespero é apenas uma outra forma de negação, e leva ao comodismo. Nós não temos tempo para sentir desespero. As soluções estão ao nosso alcance! Nós precisamos fazer a escolha de entrar em ação agora. “
SE QUISER IR RÁPIDO VÁ SOZINHO; SE QUISER IR LONGE , VÁ EM GRUPO ( PROVÉRBIO AFRICANO)
Retirado do livro NOSSA ESCOLHA; UM PLANO PARA SOLUCIONAR A CRISE CLIMÁTICA – AL GORE, BARUERI, SÃO PAULO, MANOLE, 2010)

saúde e qualidade de vida - veja esta reportagem.

Veja esta discussão sobre saúde - reportagem do Jornal Mundo Jovem.
Veja a discussão

para reflexão.


A ÁGUA É SAGRADA 

26.12.2011
A vida emergiu de águas africanas, mas carregamos dentro do corpo quase todo nosso peso em líquidos. Água não se cria, ou seja, podemos usar somente a existente. No planeta Terra, 75% de sua superfície estão cobertos por água, no entanto, somente pouco mais de 1% dela é potável. Há evidências de que o povo maia desapareceu misteriosamente da América Central por conta da falta de água, pois a teria priorizado na construção das pirâmides. As guerras atuais já não são mais somente pelo petróleo, exemplo: a Etiópia disputa a água do rio Nilo com o Egito e vivem em permanente conflito. Na China, há ainda hoje comunidades em que pessoas nunca tomaram um só banho completo por escassez de água. Em Israel, a severa seca fez com que se criasse um sistema de irrigação de gotejamento para a produção agrícola e a água é quase toda bombeada do mar. Em Valência, na Espanha, há o Tribunal das Águas composto pela comunidade para dirimir as questões do abastecimento de água; e em várias culturas há o ritual do "culto a água". As previsões sobre a privação da água no planeta é preocupante, pois não há consciência ecológica e a falta desse ouro líquido poderá dificultar a vida de muitas metrópoles - no Nordeste, o povo humilde da caatinga sofre há séculos com as constantes secas. Adam Smith, autor de, "A riqueza das nações", apontou a contradição: "Os homens valorizam os diamantes, que não precisam para viver, mas desprezam a água, que é fundamental para a vida". A água é tão importante e vital para a civilização que a palavra "água" é citada na Bíblia mais até do que o verbete "amor"...

Luís Olímpio Ferraz Melo
Psicanalista
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

uma pérola de Rubem Alves

IPÊS

            Amo os ipês. Plantei um ipê na rua, em frente ao meu escritório. Já está com quase 2 metros de altura e já mostrou umas poucas flores amarelas. Mas, como toda árvore, como todo ser vivo, ele quer espaço. Os seus galhos crescem para os lados, para a rua , para a calçada. Mas a calçada é larga. É só desviar deles e desejar – lhes um bom dia. Pois, dias atrás, quatro de seus galhos que se estendiam pela calçada amanheceram quebrados. Fiquei pensando na alma da pessoa que fez aquilo. Que estranho prazer esse de quebrar os galhos de uma árvore mansa! São sentimentos de um torturador. Alguém que tem prazer em quebrar galhos de uma árvore, sem necessidade, terá prazer também de fazer sofrer um animal ou uma pessoa.
            Ao sentimento inicial de raiva seguiu – se um outros de profunda  piedade: que deserto horrível e seco deve ser sua alma. Sua alma tem medo dos ipês porque nela há desertos. Horrorizamo -  nos com os criminosos. Milhares há que gostariam de juntar – se a eles. Se não o fazem é por falta de coragem. Contentam – se em quebrar os galhos de Ipês...
(RUBEM ALVES, QUARTO DE BADULAQUES, Parábola Editorial, 2003)

UMA REFLEXÃO INTERESSANTE - REFLITA E FAÇA TAMBÉM SUA PARTE

ARRASTÃO DAS REDES

            Terminado o arrastão , a rede trazia uma infinidade de criaturas do mar, pequenas e grandes: algas, água –vivas, caranguejos, camarões, estrelas – do – mar  , ostras, conchas, ouriços, peixes, polvos, pequenas enguias, arraias. Os pescadores ficaram com os peixes grandes.
            - o que sobrou é da meninada. Perguntei:  o que vocês fazem com aquilo que sobra?
            - Responderam: A gente deixa morrer....
            Sem dizer nada comecei a pegar as pequenas criaturas que não serviam para nada e estavam destinados a morrer e comecei a devolvê – las ao mar. Os meninos , sem dizer palavra, começaram a me ajudar no trabalho de deixar viver. Eles compreenderam. Por vezes não é preciso dizer nada: Basta fazer.
(RUBEM ALVES, QUARTO DE BADULAQUES, Parábola Editorial, 2003)

sábado, 17 de dezembro de 2011

peça discute a natureza - em cartaz até amanhã no teatro José de Alencar -18:30

Com o lema "É preciso romper o silêncio, a  Terra Grita".. os alunos do Curso de Princípios Básicos de Teatro do Teatro José de Alencar montam e encenam a peça teatral PLASTIC WOOD e incorporam de forma vital e real os dilemas de um planeta individualista que vem depredando seus recursos naturais e vem destruindo de forma insana nosso planeta. A mistura de Shakespeare, Patativa do Assaré , Pero Vaz de Caminha e Darcy Ribeira nos dão uma impressão de que temos que mudar hábitos, ideias e costumes para vivermos de forma adequada em um planeta. A transformação do planeta em um mundo de plástico procura viver de forma questionadora o futuro do mundo em que vivemos e tenta dar uma visão de que temos que fazer algo pelo planeta agora. Não é uma visão alarmista , mas uma visão para pensar. Com direção João Andrade Joca e texto produzido coletivamente há uma tentativa de passar mensagens diretas sobre nossa condição no mundo. O coletivo é realçado e valorizado na peça com alto nível de interpretação, cenários impecáveis e arranjos sonoros que contribuem para um aprendizado ambiental valoroso e extremamente crítico e reflexivo.
É inegável a reflexão : O Homem pode viver individualmente, mas só pode sobreviver coletivamente ( VEDAS). Ideal para aulas sobre natureza e vital para um mundo melhor e ambientalmente justo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

UM POEMA PARA REFLEXÃO

Lamento do Planeta

A mata devastaram
Muitos rios mataram
E o mar sujaram

No pântano caçaram
Muitos animais mataram

Na poluição atmosférica exageraram
A emissão de gases tóxicos aumentaram
e a camada de ozônio perfuraram
A proteção de raios ultravioletas do sol destruíram
A imunidade do corpo anularam
E nas infecções dermatológicas não pensaram
O ozônio gás protetor estragaram
O meio ambiente prejudicaram
E o aquecimento global promoveram.


de Turma 9-A (Professora Nilza) - Escola EEIF Cônego Bernardo
Coremas - PB - por carta

sábado, 10 de dezembro de 2011

ação que une cidadania e solidariedade - PROJETO ECOGALERA


AÇÃO SOLIDÁRIA – PROJETO ECOGALERA
1.       Atividade
Os alunos dos PROJETO ECOGALERA estarão no próximo dia 16 de dezembro de 2011 visitando a efermaria de pediatria do Hospital Universitário Walter Cantídio para promover uma confraternização com as crianças internas buscando dar alegria, amor e companheirismo para os que hoje estão doentes ou em tratamento. A atividade contará com distribuição de brindes, alegria e músicas natalinas sempre no sentido de repartir o amor  e a fraternidade.
A proposta é de realizar permanentemente a atividade com visita solidária a hospitais, asilos e locais onde as pessoas estejam precisando de amor e companheirismo. A atividade em questão visa antes de tudo cumprir um dever fiel da escola: FORMAÇÃO EM VALORES E CONSTRUÇÃO DE CIDADANIA ATIVA
2.       Objetivos
GERAL – Despertar nos jovens o desejo firme de conhecer os problemas dos outros e se engajar na distribuição do amor e da boa vontade.
ESPECÍFICOS
·         Desenvolver idéias de solidariedade e repartição do amor;
·         Envolver alunos na construção de valores éticos;
·         Ir além da visão meramente conteudística da Escola;
·         Promover a irmandade entre alunos e  sociedade em geral
3.       Estratégias

·         Visita a hospitais, asilos e outras instituições
·         Promoção de brincadeiras e alegrias entre os participantes.
·         Desenvolver  atividades com as crianças internadas ou membros da instituição
·         Dar alegria, presentes e amor aos visitados
4.       Cronograma de atividades
Visita ao HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO
Realização de brincadeiras, músicas e alegria com os internos
Distribuição de brindes e presentes aos alunos participantes.

DATA DE REALIZAÇÃO : 16 DE DEZEMBRO DE 2011
HORÁRIO : 14 ÀS 16 HORAS
ALUNOS PARTICIPANTES
  - MEMBROS DO PROJETO ECOGALERA
- ALUNOS MÚSICOS

domingo, 4 de dezembro de 2011

UMA REFLEXÃO IMPORTANTE

O pacto das elites para repartir a natureza

Oxalá, a presidenta tenha coragem de enfrentar sua falsa base parlamentar, que apenas apóia o governo naquilo que interessa ao capital
 30/11/2011

Editorial Ed. 457
  
O território brasileiro é uma das últimas fronteiras mundiais de enorme patrimônio natural, representado por reservas de madeira, terra, água doce, minérios, petróleo, gás, potencial energético de hidrelétricas, eólicas, e potencial de agroenergia, representado pelos óleos vegetais renováveis, de mamona, palma de dendê, tungue, pinhão manso, assim como etanol de cana de açúcar.           
Os capitalistas sabem que todos os bens da natureza possuem um baixo valor, medido pelo tempo necessário para extraí-los, e ao mesmo tempo quando se transformam em mercadorias, por serem limitados, adquirem um preço no mercado bem acima do seu valor real. A diferença entre o valor real e o preço de mercado é que se forma uma enorme taxa de lucro extraordinário.             
Por isso, todos eles sempre procuram aplicar seus capitais voláteis, fictícios e especulativos em bens da natureza. Agora, com a crise internacional do capitalismo, dominada pelo capital financeiro e pelas empresas transnacionais, estão vindo com maior sede ainda ao “pote brasileiro”, para se proteger da destruição que a crise provoca e para se preparar para ter enormes margens de lucro na retomada do processo de acumulação de capital.           
Estima-se que desde 2008, com o estalar da crise internacional, tenham entrado no Brasil ao redor de 70 bilhões de dólares por ano, que foram aplicados em patrimônio natural.          
Porém, no país havia ainda algumas barreiras a essa sanha incontrolável do capital internacional. As reservas indígenas, as áreas de quilombolas, as restrições ao volume de terra a ser adquirido por empresa estrangeira e as regras do atual Código Florestal que impedem o livre arbítrio do capital financeiro e estrangeiro.             
Diante disso, se formou um pacto da classe dominante, representado pela aliança entre os grandes proprietários de terra, as empresas transnacionais do agro, o capital financeiro (nacional e internacional), as empresas da mídia burguesa e seus parlamentares no Congresso. Essa aliança gerou uma hegemonia no congresso e nos meios de comunicação, para frear a legalização das terras indígenas e quilombolas e fazer mudanças urgentes no código florestal.        
Nessa semana, mais um capítulo dessa vergonhosa novela de manipulação e servidão das classes dominantes brasileiras aos interesses estrangeiros. Será votado o relatório das mudanças do Código Florestal no senado. No inicio, achava-se que os senadores teriam mais dignidade em frear o ímpeto dos capitalistas e respeitariam a vontade da sociedade brasileira em não fragilizar a lei atual. Ledo engano. As articulações e artimanhas da pequena política deixaram o governo paralisado e refém de uma base parlamentar que só representa os interesses de seus financiadores: os empresários. Todas as mudanças que eles queriam e que foram sistematizadas pelo então “nobre deputado ex-comunista” Aldo Rebelo, foram mantidas no senado.              
Em contraposição, formou-se uma frente ampla em defesa da natureza, formada pelas igrejas cristãs, ambientalistas, movimentos sociais, entidades, sindicatos, centrais sindicais, OAB, com alguns senadores progressistas e nacionalistas. Nada foi suficiente para frear os “nobres” senadores vende-pátria, que só pensam em suas medíocres carreiras de servidão.        
O novo Código será votado no Senado, referendando as mudanças da Câmara. Vão eliminar a necessidade de reserva legal na Amazônia até 400 hectares, o que significa que um latifundiário que tenha 1500 hectares pode dividir, no papel, sua área em quatro lotes e desmatar tudo. Assim, derrotam o limite atual de 80% de reserva. No cerrado acontecerá o mesmo. A famosa senadora ruralista, rainha da moto-serra, foi até os Estados Unidos proclamar que com essas mudanças o pacto do capital poderá se apropriar de mais 80 milhões de hectares de terras na Amazônia e cerrado para produção de commodities agrícolas!            
A frente ampla em defesa do meio ambiente e florestas organizou uma plataforma mínima, unitária e está colhendo assinaturas para pedir que a presidenta Dilma honre seus compromissos de campanha e vete pelo menos aqueles artigos que representam uma afronta à consciência ecológica da sociedade brasileira.            
Oxalá, a presidenta tenha coragem de enfrentar sua falsa base parlamentar, que apenas apóia o governo naquilo que interessa ao capital, e por isso continua também vetando o projeto da redução da jornada de trabalho, o projeto de proibição de trabalho escravo, etc.        
 Certamente a natureza e a história cobrarão caro daqueles que hoje se omitem ou desvergonhadamente pensam apenas na apropriação privada dos bens da natureza, no lucro fácil, independente das conseqüências que o desequilíbrio do meio ambiente trará a todo povo brasileiro.                
O jornal Brasil de Fato se somou ao comitê em defesa das florestas. Por isso, fizemos uma edição especial sobre o Código Florestal, que está disponível em nossa página na internet. Milhares de exemplares foram impressos e estão sendo distribuídos para a população. Assim, nos somamos a essa luta. Cumprimos com nosso papel. Estaremos sempre do lado das causas do povo brasileiro. 
fonte: www.brasildefato.com.br - EDITORIAL