segunda-feira, 30 de julho de 2012

ORAÇÃO DA TRIBO SIOUX


Ó Grande Espírito, cuja voz ouço nos ventos, cujo sopro anima o mundo, ouça-me.
Sou pequeno e fraco, preciso de sua força e sabedoria.
Permita que eu caminhe na Beleza, e faça que meus olhos contemplem para sempre o vermelho e a púrpura do sol poente.
Faça com que minhas mãos respeitem todas as coisas que o Senhor criou.
Faça meus ouvidos aguçados para que eu ouça a sua voz.
Faça-me sábio para que eu possa entender tudo aquilo que o Senhor ensinou ao seu povo.
Permita que eu apreenda os ensinamentos que o Senhor escondeu em cada folha, em cada pedra.
Busco força, não para ser maior do que meu amigo, mas para lutar contra meu maior inimigo – eu mesmo.
Permita que eu esteja sempre pronto para ir até o Senhor de mãos limpas e olhar firme.
Assim, quando a minha vida estiver no ocaso, como o sol poente, que meu Espírito possa ir à sua presença, sem nenhuma vergonha.

terça-feira, 24 de julho de 2012

UM MOMENTO SOLIDÁRIO


ESPORTES 24/07/2012

TitaTavares, uma pequena notável

"É vergonhoso viver numa cidade onde cultuam-se ladrões, corruptos e desonestos "
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    Não conheço Tita Tavares, mas sei dos seus feitos, da luta que travou para chegar onde chegou, das intermináveis batalhas, incompreensões e até discriminações, pois geralmente quando se é pobre e se chega aos píncaros da glória é preciso sim ter muito, muito talento.

    Nos últimos dias vi o drama vivido pela grande campeã e o que mais me envergonha é que o Estado e a cidade que ela representou, que mostrou para o mundo, não a recompensaram como deveriam, não perguntaram sequer dos seus dilemas, seus problemas e como procurar uma solução para as dores que a mesma sentia. Fiquei triste ao saber que pessoas de sua rua ao invés de ajudar ficaram julgando suas doenças e dizendo coisas que nada tinham a ver com seu quadro de saúde.

    Como já disse, não a conheço, mas sei que se pudesse já estaria aí dando-lhe a mão e pelo menos fazendo alguma coisa que os poderosos que aí estão não fazem. Sei que você tem feito muito pelo seu bairro, o Titanzinho, lugar de muita gente pobre e honesta que precisa de exemplos como o seu para erguer a cabeça e dizer que merece ser tratada como ser humano.

    É vergonhoso viver numa cidade onde cultuam-se ladrões, corruptos e desonestos e onde não se faz nada por quem realmente merece. O que dói mais é que atletas, poetas, cantores, escritores e artífices de um realce de nosso Estado tenham de tragar o esquecimento e o não reconhecimento das autoridades. Talvez sequer saibam quem é Tita Tavares. Essa falta de respeito às pessoas e ao que elas representam tem a ver com a construção de uma sociedade pautada em desvalorização, falta de reconhecimento e, sobretudo, ocultação de valores.

    Quero lhe dizer, Tita, que sua história enaltece um povo, sua vida merece ser objeto de estudo, de documentários, de valorização de todas as formas. Onde estão os que se aproveitaram politicamente de seu prestígio em um passado não muito longe? Por que a gente é assim? Por que não sabemos utilizar o sentido real da solidariedade e do respeito de alguns que se dizem cristãos?

    Pessoas que se mobilizam pela abolição da maconha, pela liberdade sexual e de costumes pouco ou nada fazem pelos símbolos vivos de uma história que não se apaga. Ah, Tita se eu fosse político, se eu fosse alguma coisa nesta droga de vida com certeza estaria lhe ajudando, mas como não sou nada estou apenas exaltando você e pedindo que nossas autoridades tomem vergonha e façam alguma coisa por quem realmente merece.

    Francisco Djacyr Silva de Souza
    djacyrsouza@gmail.com 
    Professor

    domingo, 22 de julho de 2012

    EDITORIAL DO JORNAL HOJE EM DIA DISCUTE SEGURANÇA ALIMENTAR


    22/07/2012 07:07 - Atualizado em 22/07/2012 07:07

    A morte em nossa mesa

    Editorial Hoje em Dia



    O consumidor mineiro que tenta se alimentar de forma mais saudável, fugindo das frituras e outros alimentos que fazem mal à saúde, muitas vezes acabam saltando no fogo para fugir da frigideira – como no antigo provérbio –, quando passam a consumir mais frutas e verduras. É o que indica reportagem deste jornal, publicada nesse sábado (21), alertando sobre a elevada presença de agrotóxicos em alfaces, morangos, pimentões, tomates, chuchus e outros produtos agrícolas vendidos por feiras e supermercados de nossas cidades.
    É um ataque sorrateiro à saúde da população, em que se aliam escassez de fiscalização do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), ignorância dos produtores das frutas e hortaliças que chegam às mesas dos mineiros, ganância e busca do lucro a qualquer preço. Só mesmo por ignorância, um produtor aplica em excesso um agrotóxico que lhe custa caro, na esperança de assim exterminar pragas mais resistentes e aumentar a produção.
    Pode-se atribuir também à ignorância, quando não à má-fé, o emprego nas hortas e pomares de defensivos agrícolas proibidos para determinados usos. Por exemplo, um agrotóxico autorizado para o tomate sendo usado indevidamente na cultura de pepinos. A melhor maneira de combater a ignorância é a educação, e existem muitas entidades governamentais que deveriam estar cuidando disso no meio rural.
    Mas há também casos em que venenos proibidos nos Estados Unidos e na Europa, onde é mais avançado o controle sanitário, estão sendo produzidos no Brasil por multinacionais e vendidos ao mercado interno. Nossa legislação é permissiva e nossas autoridades omissas, numa questão que deveria ser considerada prioritária para qualquer governo sério – a defesa da segurança alimentar da população.
    O IMA alega ser impossível fiscalizar mais de 500 mil propriedades rurais espalhadas pelo território mineiro, com apenas 452 fiscais atuando em 54 postos de vistoria. O número reduzido de análises laboratoriais – foram realizadas apenas 185 durante todo o ano passado – reforça a suspeita de que a saúde dos mineiros está entregue às moscas. Nesses poucos exames, foram encontrados 26 produtos inadequados para o consumo. Num deles, a alface, 31% revelaram-se com excesso de agrotóxicos.
    Os que consomem esses produtos estão se arriscando a sofrer distúrbios gastrointestinais, mal-estar, alterações na pele e fraqueza muscular. Ou, em casos mais graves, se expõem à paralisia, ao câncer e à morte.

    quarta-feira, 18 de julho de 2012

    UMA DISCUSSÃO PERTINENTE

    Comentário publicado hoje no jornal DIÁRIO DO NORDESTE.

    Sustentabilidade
    Faz se urgente educação ambiental e construção de uma cidadania ativa onde todos tenham vez e voz. É preciso também que temas como Responsabilidade Social, Responsabilidade Ambiental e Sustentabilidade não sejam apenas rotulações ou objeto de marketing. (Comentário sobre matéria publicada na editoria de Cidade, sob o título "Propaganda e protestos sujam pontos da Cidade")
    Francisco Djacyr Silva de Souza
    Fortaleza-CE

    sábado, 14 de julho de 2012

    DIREITO DOS ANIMAIS


    A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi apresentada pela UNESCO em 15 de Outubro de 1978. No entanto, a mesma nunca foi aprovada e não tem qualquer valor legal nem oficial, é apenas uma declaração de princípios.
    PREÂMBULO

    - Considerando que todo o animal possui direitos;
    - Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
    - Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
    - Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
    - Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
    - Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais;
    PROCLAMA-SE O SEGUINTE:
    Artigo 1º
    Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

    Artigo 2º
    1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
    2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
    3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem.

    Artigo 3º
    1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis.
    2. Se for necessário matar um animal, ele deve ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

    Artigo 4º
    1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
    2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

    Artigo 5º
    1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
    2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

    Artigo 6º
    1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
    2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

    Artigo 7º
    1. Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

    Artigo 8º
    1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
    2. As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas.

    Artigo 9º
    1. Quando o animal é criado para alimentação, ele deve ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

    Artigo 10º
    1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
    2. As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

    Artigo 11º
    1. Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

    Artigo 12º
    1. Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
    2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

    Artigo 13º
    1. O animal morto deve ser tratado com respeito.
    2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

    Artigo 14º
    1. Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
    2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

    quinta-feira, 12 de julho de 2012

    LIVRO FALA SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL


    No “Diário do Clima”, ela narra aventuras vividas em 14 países. O roteiro foi escolhido para mostrar os efeitos das mudanças climáticas.
    Jornalista Sônia Bridi fala sobre seu novo livro (Foto: Luisa Konescki/G1)
    A jornalista e escritora Sônia Bridi está em Santa Catarina para o lançamento de seu segundo livro, ‘Diário do clima – Efeitos do aquecimento global: um relato em cinco continentes’. Nesta nova obra, Sônia fala sobre os bastidores de uma série que produziu para o Fantástico de maio a outubro de 2010, junto com seu marido – o repórter cinematográfico Paulo Zero. O livro é um diário de viagem, em que a escritora mistura as aventuras vividas pelos dois com informações sobre as mudanças climáticas.
    A história narrada na obra reúne detalhes e fatos curiosos sobre a viagem que incluiu 14 países com o objetivo de mostrar, na televisão, os efeitos das mudanças do clima no mundo. A ideia da série partiu da própria jornalista. “Na minha opinião, há  duas coisas que vão mudar este século. Uma é a ascensão da China. Outra são as mudanças climáticas. Foi por isso que eu resolvi conhecer melhor este tema. Porque quando fazemos reportagens, nós nos propomos a aprender sobre um assunto. Foi pelo mesmo motivo que quis ser correspondente em Pequim”, afirma a autora.
    Segundo Sônia, as mudanças climáticas devem determinar a forma como o mundo viverá nas próximas décadas. Ela percebeu isso com as paisagens que viu, os povos que conheceu e os diversos cientistas que entrevistou. Antes de iniciar a produção da série, ela já havia feito a cobertura do  IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima) e conhecia bem o tema. Mas foi preciso mais do que isso para realizar o trabalho. Sônia teve de se preparar fisicamente.
    Um desses momentos foi quando ela e o marido escalaram o Kilimanjaro, com o objetivo de mostrar como está a neve no maior monte do continente africano. Ao invés de subir, gravar  imagens e descer, os dois precisavam ficar uma hora e meia a 6.000 metros de altitude para produzir uma reportagem. “Nós precisamos ser treinados por um professor. Mesmo nas férias, antes de ir para a África, estávamos em Nova Iorque, num apartamento no 11º andar e subíamos apenas de escada. Até hoje estamos mantendo o pique. O Paulo agora está malhando em uma academia na Lagoa [da Conceição]. Hoje temos mais ritmo do que muito repórter novinho por aí”, ri.
    A jornalista está em Florianópolis para o lançamento do “Diário do Clima” nesta quarta-feira, às 19h30, nas Livrarias Catarinense, no Beiramar Shopping, e também estará em Balneário Camboriú na quinta-feira. Para Sônia, que nasceu em Caçador, a Ilha de Santa Catarina é sua referência de casa. “Tenho muitos amigos e família aqui”, diz.
    Ex-repórter e editora da RBSTV, a jornalista saiu de Florianópolis em 1991, quando foi trabalhar na TV Globo, no Rio de Janeiro, aos 26 anos de idade. Em 1994, foi convidada para cobrir a Copa do Mundo e em 1995 para ser correspondente em Londres. A partir daí, passou também por Nova Iorque, São Paulo, Paris e Pequim. Agora, ela vive no Rio de Janeiro. [Do G1 SC]
    Fonte: www.carosouvintes.com.br