sábado, 30 de janeiro de 2010

uma programação para conhecimento de um Patrimônio Cultural de grande importância.

REFLITA

 
EDUCAR
Mudanças profundas estão ocorrendo no planeta Terra.Ações vindas dos homens como a Conferência de Copenhague e as ações dos governos não têm forças para impedir o que virá. Terremotos, ondas gigantes, crises econômicas e outras forças que destroem são acomodações no planeta e devem ser aceitas com resignação de coração. O homem das metrópoles vive sem qualidade de vida. Apertado em transportes coletivos, escravo do relógio, consumindo mais que ganhando e em dívidas e apertos mil. A solução está na educação! Dar valor às coisas que merecem valor! Solidariedade, fraternidade, amizade, verdade, honestidade, justiça e paz são valores que eternamente levarão o homem à felicidade.
Paulo Roberto Girão Lessa
Fortaleza-CE

PARA REFLETIR

cidadania para reflexão...

um bom texto sobre cidadania.LEIA

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CHARGE PARA REFLETIR

uma charge para sua reflexão...

UMA REVISTA QUE FALA DE MEIO AMBIENTE

Reflexão pertinente

Tragédias anunciadas

Alexandre de Oliveira Alcântara
28 Jan 2010 - 02h40min
 

A morte trágica de mais de 50 pessoas em Angra do Reis (RJ) logo no primeiro dia de 2010 revela um aspecto cruel da corrupção entranhada no Estado brasileiro. A tragédia poderia ter sido evitada. A pousada Sankay, uma das atingidas pelos desmoronamentos das encostas, faz parte de uma lista de obras irregulares na Baía de Ilha Grande elaborada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. A pergunta é: Como se obteve licenças ambientais para tais construções? Corrupção, eis a resposta.

Técnicos do Tribunal de Contas descobriram um esquema de venda de licenças ambientais e de fraudes em licitações envolvendo a agência ambiental local (Feema) e as prefeituras de Angra e Paraty. É isso, a corrupção é uma mal que destrói, desconsidera os direitos fundamentais previstos na Constituição da República. Todas aquelas construções estavam sobre área de domínio dos costões rochosos, afrontando ainda o recuo mínimo exigido na zona costeira.

Construções irregulares ocorrem em todo Brasil, isso principalmente pela omissão do poder público e também, como visto, em razão da corrupção envolvendo a máquina pública e os construtores. Vamos para o nosso Ceará, mais especificamente para a nossa tão festejada praia de Canoa Quebrada em Aracati. Em junho passado, o Ministério Público Estadual ajuizou uma ação civil pública com pedido liminar de remoção de 18 barracas que estão em área de risco, segundo Relatórios do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual. Até hoje o Poder Judiciário não apreciou sequer o pedido liminar. A quadra invernosa está chegando e vamos rezar para que não ocorra outra tragédia anunciada. É o que nos resta a fazer.
Fonte: JORNAL O POVO
Alexandre de Oliveira Alcântara - Promotor de Justiça em Aracati (CE)
Sem votos

leia este pensamento e passe adiante.



A ÉTICA ECOLÓGICA SE FUNDAMENTA NO CONHECIMENTO DE QUE TODOS OS SERES VIVOS SÃO IMPORTANTES E MUTUAMENTE NECESSÁRIOS E DEPENDENTES DE RECURSOS DE DISPONIBILIDADE  LIMITADA QUE DEVEM SER USUFRUÍDOS PARCIMONIOSAMENTE POR TODOS DE NOVO A PERMITIR A PERMANENTE ESTABILIDADE DA VIDA NA TERRA.
(Vasconcelos Sobrinho)

LEIA

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

UM BOM TEXTO

UM BOM TEXTO PARA SUA REFLEXÃO PUBLICADO NO JORNAL O POVO



Opinião

Meio ambiente


27 Jan 2010 - 01h14min
Nós, alunos do curso de Engenharia de Pesca da UFC, viemos denunciar a poluição das praias. Presenciamos durante o período de 20/12/2009 a 10/1/2010, na praia da Taíba, município de São Gonçalo do Amarante, uma poluição que está destruindo o ambiente costeiro da região, causada por sacos plásticos, latas de refrigerantes, garrafas pet, e promovendo também a morte de tartarugas marinhas que utilizam a região como área de alimentação. Elas acabam confundindo o plástico com seu alimento natural.
Durante este período foram observados vários relatos sobre tartarugas que estavam aparecendo na costa mortas ou praticamente mortas, já sem condições de nadar contra a maré. Um dono de pousada tinha resgatado uma tartaruga na praia ainda viva, tentou cuidar da mesma até conseguir entrar em contato com o projeto Tamar, o qual resgatou a tartaruga, mas a mesma não resistiu após passar dias regurgitando lixo.
Por essa razão estamos recorrendo a este jornal de grande circulação e respeitável nome para que seja feito um alerta à população e às instituições públicas responsáveis pela limpeza das praias e pela preservação do meio ambiente.
VITOR PROENÇA
Fortaleza-CE

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

DISCUTINDO A ECOCIDADANIA

O QUE É MESMO ECOCIDADANIA? 

Cidadania e Ecocidadania

Arthur Soffiati

Durante cerca de sete milhões anos, a humanidade, com todas as espécies que a compõem e até o momento conhecidas, viveu em grupos nômades de caçadores, pescadores e coletores em equilíbrio com a natureza, da qual se sentiam parte inseparável. Não havia desigualdades nem injustiças sociais. Esses indivíduos eram cidadãos, mas desconheciam este conceito e não precisavam se intitular como tal.

O advento das cidades, em torno de 3.200 anos A.C., ensejou a constituição de sociedades estruturadas em classes hierarquizadas. Nasceram, assim, as desigualdades e as injustiças sociais. Os pobres tornaram-se inferiores e escravos, servindo aos poderosos.

Na cidade grega de Atenas, no século V A.C., houve a primeira experiência de democracia e de cidadania. No entanto, cidadãos eram apenas os homens adultos nascidos em Atenas. Mulheres, estrangeiros e escravos estavam excluídos. No Império Romano, os homens livres de todas as etnias tornaram-se cidadãos no século III D.C. Toynbee informa que "... No curso de séculos, o processo de concessão de direitos continuou, e após a promulgação do decreto do Imperador Caracala, a Constitutio Antoniniana, no A.D. 212, pouco foram os povos do mundo helênico a oeste da fronteira oriental do império romano da época que não tiveram cidadania romana nas condições mais favoráveis possíveis." Mesmo assim, mulheres e escravos - que representavam a grande maioria - estavam excluídos.

Durante a Europa medieval, a sociedade de ordens distinguia clero, nobreza e servos, sendo que estes últimos sustentavam com seu trabalho as outras duas classes. Com o Estado Absolutista, entre os séculos XV e XVIII, havia o rei, o clero e a nobreza, de um lado, e os súditos, de outro, obrigados a pagar impostos e com reduzidos direitos.

A idéia de cidadania começou a se esboçar com o pensamento liberal dos séculos XVII e XVIII, consolidada com as Revoluções Inglesa e Francesa. Escreveu-se muito sobre o contrato social, pelo qual os seres humanos criavam a sociedade civil e o governo. A natureza não-humana estava excluída e continuava presa de guerra dos humanos.

Lentamente, então, os direitos dos cidadãos avançaram. Primeiro, houve a conquista dos direitos civis. Durante todo o século XIX, a conquista dos direitos políticos e, no século XX, a conquista dos direitos sociais. Estes, agora, começam a ser subtraídos da população pelo chamado Estado neoliberal.

A crise ambiental da atualidade, a primeira crise ao mesmo tempo planetária e antrópica, coloca-nos no limiar de uma nova era. Não mais podemos pensar em cidadania como um direito restrito aos seres humanos. Os problemas exigem da humanidade uma nova postura em relação a si mesma e à natureza não-humana. Esta postura pode ser chamada de ecocidadania.

Ser ecocidadão implica em: 1- Trabalhar para que todos os humanos tenham direitos civis, políticos e sociais. 2- Respeitar a individualidade, a diferença e a subjetividade do outro, seja ele quem for. 3- Batalhar para a construção da democracia, respeitando as diferenças culturais. 4- Respeitar a diversidade cultural dos povos, assegurando, juntamente com eles, o direito de manter e perpetuar sua cultura. 5- Propugnar por um contrato natural em que os ecossistemas e os seres vivos tenham direito à vida e à perpetuação de suas respectivas espécies, buscando o ser humano inserir-se no contexto ecossistêmico. 6- Restaurar e revitalizar os ecossistemas para recuperar o equilíbrio perdido. 7- Empenhar-se na busca de uma nova aliança que assegure a todos os seres vivos e aos ecossistemas integridade, dignidade e direitos intrínsecos. 8- Cultivar a espiritualidade, mesmo que ela não perpasse as confissões religiosas existentes.

Como a cidadania clássica não foi alcançada ainda nos países do Mundo Sul, estando ameaçada inclusive nos países do Mundo Norte, a grande tarefa com a qual nos defrontamos é promover a ecocidadania, pois ela inclui a cidadania tradicional, conferindo-lhe uma nova feição.


Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, 21 de Novembro de 2004

domingo, 24 de janeiro de 2010

vagas para educador ambiental - coluna ecologia do Jornal OPOVO

EDUCADOR AMBIENTAL
A Acaia Pantanal contrata coordenador geral para seus programas socioambientais desenvolvidos na região de Corumbá (MT). O candidato deve ter formação acadêmica de nível superior na área, pós-graduação desejável e experiência em gestão de projetos socioambientais. Vai realizar articulações de parcerias pela organização, a coordenação geral dos das ações de educação e meio ambiente implantada e elaborar e supervisionar o plano de comunicação. Os interessados em participar do processo seletivo devem se cadastrar no site: www.acalantis.com.br até o dia 28/1.

PENSAMENTOS IMPORTANTES SOBRE OS ANIMAIS E A CRUELDADE HUMANA

sábado, 23 de janeiro de 2010

para pensar...


Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." --Philip Ochoa
"A razão de eu amar tanto o meu cachorro é porque quando chego em casa ele é o único no mundo que me trata como seu fosse 'Os Beatles' ". Bill Maher (colunista, escritor e militante pelos direitos dos animais).
" Costumo perguntar às pessoas por que elas têm cabeças de veados na parede. Elas sempre dizem que é porque é um belo animal. Bom, eu acho minha mãe muito bonita, mas apenas tenho fotografias dela." Ellen DeGeneres , atriz

ecossistemas brasileiros

A Amazônia


A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do território nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo clima equatorial úmido. Esta possui uma grande variedade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas de terra firme, as florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igapó, permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo setentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia do Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do ecossistema do Cerrado do planalto central brasileiro.


O Semi-árido (Caatinga)


A área nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional. Seu interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo.


O Cerrado


O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear contínua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há grandes manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas menores na Caatinga e na Mata Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem definidas. O Cerrado apresenta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegetação lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região é permeada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'água.


A Mata Atlântica


A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, originalmente foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo de cerca de 6 a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi-árido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas enconstas esta floresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta de Araucárias.


O Pantanal Mato-Grossense


O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a variedade de microrelevos e regimes de inundação. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado.


Outras Formações


Os Campos do Sul (Pampas)


No clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os campos do sul ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.


A Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais)


No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária angustifolia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificadas de acordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submontanas, que já inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegetação aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vêm sofrendo forte pressão de desmatamento.


Ecossistemas costeiros e insulares


Os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlântica devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordões litorâneos e dunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a forma rastejante até a forma arbórea. Os manguesais e os campos salinos de origem fluvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terreno plano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os ecossistemas bênticos. Na zona das marés destacam-se as praias e os rochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-se acidentes geográficos marcantes da paisagem superficial.
http://www.brcactaceae.org/ecossistemas.htmlRetirado do site

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SISTEMA NACIONAL DE GESTÃO DE FAUNA

UMA LEITURA PARA REFLEXÃO

LEIA ESTE ARTIGO

CATÁSTROFES NATURAIS

UMA LEITURA INTERESSANTE





Economia versus preservação
Escrito por Danilo Pretti di Giorgi   
30-Mai-2009
 
Os recentes ataques desferidos contra as leis ambientais no Brasil mostram que está, enfim, chegando a hora de enfrentarmos com seriedade e sem esquivas o dilema ‘crescimento econômico versus preservação do meio ambiente’.
 
Exemplos não faltam, mas o mais chocante vem de Santa Catarina, onde, ironicamente, o desrespeito às leis ambientais foi um dos maiores responsáveis pela tragédia das enchentes no ano passado. A Assembléia Legislativa catarinense aprovou em março um código estadual do meio ambiente que, entre outras coisas, reduz de 30 para cinco metros a área de proteção obrigatória das matas ciliares (vegetação que protege as margens dos rios, com função similar à de sobrancelhas e cílios para os nossos olhos). O tal código estabelece também que toda terra já cultivada no estado seja considerada "área consolidada", o que garante a continuidade de produção mesmo onde ela ocorre ilegalmente em regiões de preservação.
 
Curto e grosso assim, um exemplo seco de total desprezo pelas mínimas necessidades da vida selvagem em nome de uma aparentemente incontrolável necessidade de expansão da área cultivada. Um detalhe: o código é francamente inconstitucional, pois a legislação estadual não pode ser mais permissiva que a federal equivalente.
 
Em Brasília, estão tentando reduzir as reservas legais, as áreas que devem ser preservadas nas propriedades rurais (sendo que as porcentagens variam de uma região para outra do país) e há iniciativas para revogar decretos de proteção de dez milhões de hectares em unidades de conservação federais (uma área que corresponde a mais de duas vezes o estado do Rio de Janeiro).
 
A ofensiva, liderada por políticos da bancada ruralista, tenta também anular os efeitos de recentes iniciativas governamentais para frear o desmatamento, como o Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que corta o crédito rural de fazendeiros que desmataram ilegalmente, e o decreto 6.514, que prevê sanções administrativas pelo descumprimento do Código Florestal.
 
Enquanto isso, nove reservas em diferentes pontos do país estão emperradas na Casa Civil esperando autorização, pois o Ministério das Minas e Energia tem interesse nas áreas. Já o Ministério do Meio Ambiente recebeu apenas mil dos três mil novos fiscais que pediu para lutar contra o desmatamento na Amazônia. E a intenção de criar a Guarda Florestal Nacional ficou só na intenção. A lista de ataques não pára por aí, e seria cansativo para o leitor se eu tentasse esgotá-la neste espaço.
 
Enquanto tudo isso acontece, assistimos, perplexos, ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, elogiar o exemplo catarinense e brincar de vidente ao "prever leis ambientais mais flexíveis no país". Stephanes também tem defendido crimes como a liberação da agricultura em topo de morros e encostas e quer que a compensação de áreas desmatadas ilegalmente possa ser realizada com reflorestamento em locais distantes, até mesmo em outros estados (algo tão absurdo quanto propor que você resolva o problema causado pelo buraco no telhado da sua casa consertando o telhado da casa do seu vizinho). O ministro podia perguntar aos catarinenses que tiveram parentes mortos e casas destruídas pelas enchentes o que acham das suas idéias.
 
Stephanes está na linha de frente da ofensiva, fazendo ameaças, como a previsão de que, caso não sofra modificações profundas, o Código Florestal inviabilizará "quatro milhões de hectares produtivos, quinze milhões de toneladas de produtos, além de provocar o desaparecimento de milhares de agricultores, propriedades e até de pequenos municípios".
 
Essa fala do nobre ministro esclarece, portanto, o que a maior parte dos ambientalistas prefere fingir que não vê: ao contrário do que ouvimos muito por aí, meio ambiente e crescimento econômico se chocam, sim, e não são naturalmente compatíveis. É preciso tirar de um para dar ao outro. E é preciso coragem para encarar um debate sobre esse fato, para que se possa questionar o paradigma da premência do crescimento econômico sem fim.
 
Quando a discussão acerca da questão ambiental se acentua, os defensores da teoria furada do crescimento eterno usam em sua defesa os argumentos da ameaça ao crescimento econômico, aos empregos, à saúde da economia. É neste ponto que os ambientalistas costumam recuar, afirmando ser possível aliar crescimento econômico e preservação, discurso sempre presente na mídia de massa e nos bolsos dos coletes do ministro Minc.
 
É claro que poderíamos adiar este embate se a elite brasileira não fosse tão pré-histórica em suas práticas nem tão cega para qualquer coisa que não signifique o lucro imediato, com o menor esforço possível e a qualquer preço. Se empresários e ruralistas aceitassem a possibilidade de uma margem de lucro um pouco menor, o choque entre preservação e crescimento da economia poderia ser empurrado para frente, para daqui a dez ou quinze anos, caso houvesse, por exemplo, real interesse na recuperação dos tais 60 milhões de hectares em áreas degradadas, ao invés de desmatar novas áreas. Ou se aplicássemos técnicas para melhor aproveitamento das áreas produtivas. Ou ainda se buscássemos seriamente alternativas para aproveitamento econômico da floresta com atividades verdadeiramente sustentáveis. Ou se pensássemos na agricultura em termos mais amplos, com olhos voltados para todos os tamanhos de propriedades e para a diversificação e não só nas grandes propriedades monocultoras. Ou talvez se enxergássemos a função social da propriedade, tal qual manda a Constituição.
 
Mas nada disso é mais rentável que simplesmente derrubar mata virgem e tocar fogo, e esse fato singelo faz a conversa terminar por aí quando falamos de capitalismo brasileiro. Mesmo na hipótese da aplicação de opções como as descritas acima, depois de certo tempo o embate entre crescimento econômico e preservação voltará à tona. Não há como fugir disso. Enquanto não tivermos coragem de enfrentar seriamente essa verdade continuaremos a ser presas fáceis daqueles que se aproveitam das brechas nas nossas argumentações para enriquecerem às custas da natureza.
 
Não é possível que toda vez que alguém fale em "ameaça ao crescimento econômico" os ambientalistas corram para apagar o fogo e tentar apaziguar, apegando-se ao discurso oficial, amparado em grande parte pela sede das grandes ONGs ambientalistas por patrocínios polpudos. É preciso, ao invés disso, que cada um mostre realmente de que lado está, comprando a briga e aprofundando este debate, sem medo de suas conseqüências.
 
Danilo Pretti Di Giorgi é jornalista.
 
E-mail: digiorgi@gmail.com

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

2010 - ano da biodiversidade


O que é biodiversidade?


O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.
Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.


A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas.


A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas.


Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.


Quantas espécies existem no mundo?
Não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.


Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade": aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico das plantas da Amazônia.
Junte-se a nós!
Sua colaboração é fundamental para conservarmos o meio ambiente e garantirmos qualidade de vida para nós e nossas futuras gerações.
Afilie-se!
Quais as principais ameaças à biodiversidade?


A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção.


A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.


A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas.


A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção.


A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.


A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país.


Um caso bem conhecido é o da importação do sapo cururu pelo governo da Austrália, com objetivo de controlar uma peste nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste do país.


O animal revelou-se um predador voraz dos répteis e anfíbios da região, tornando-se um problema a mais para os produtores, e não uma solução.
O que é a Convenção da Biodiversidade?
A Convenção da Diversidade Biológica é o primeiro instrumento legal para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Mais de 160 países assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.


O pontapé inicial para a criação da Convenção ocorreu em junho de 1992, quando o Brasil organizou e sediou uma Conferência das Nações Unidas, a Rio-92, para conciliar os esforços mundiais de proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico.


Contudo, ainda não está claro como a Convenção sobre a Diversidade deverá ser implementada. A destruição de florestas, por exemplo, cresce em níveis alarmantes.


Os países que assinaram o acordo não mostram disposição política para adotar o programa de trabalho estabelecido pela Convenção, cuja meta é assegurar o uso adequado e proteção dos recursos naturais existentes nas florestas, na zona costeira e nos rios e lagos.


Fonte: www.wwf.org.br

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

VÍDEO AMBIENTAL

Está aberto o prazo para envio de filmes/curtas/curtíssimos para compor a II Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente - Circuito Tela Verde, que devem ser enviados ao Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/SAIC/MMA), até 30 de março.
Os filmes devem ser produzidos em processo educomunicativo, ou seja, em conjunto com a comunidade, e abordar a temática socioambiental. Estruturas educadoras como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos Educadores, bem como redes como Rejuma, Com-Vidas, e escolas também podem participar orientando e encaminhando suas produções. Para tanto, serão aceitos vídeos produzidos com os mais diversos recursos: filmadora, câmera de celular com boa resolução, câmera digital.
O Circuito Tela Verde é uma mostra nacional de produções audiovisuais sobre experiências de projetos de educação ambiental, opiniões, visões de mundo e modos de vida dos membros de comunidades locais sobre o meio ambiente, os problemas e as responsabilidades ambientais, para exibição em espaços educadores como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos Educadores, cineclubes, escolas, cooperativas. Utilizando metodologias de educomunicação, os filmes devem servir de subsídio para o debate, trazendo uma importante contribuição para compreender como as comunidades tomam parte nos processos da gestão ambiental pública, bem como estimular suas participações nos processos locais.
Podem encaminhar material para a Mostra: escolas, redes de meio ambiente e educação ambiental, estruturas educadoras, sociedade civil organizada, comunidades e produtoras.
Serão selecionadas as produções educomunicativas, com resolução suficiente para exibição em telão e dentro da temática socioambiental.
Não haverá premiação, tampouco pagamento para os vídeos produzidos ou selecionados. Um Termo de Cessão de Direitos para veiculação em trabalhos de educação ambiental, sem fins lucrativos, deverá ser entregue junto com a produção. O Termo estará disponível no blog do Circuito Tela Verde (http://circuitotelaverde.blogspot.com) e deverá ser corretamente preenchido e encaminhado assinado pelo autor ou responsável, com firma reconhecida.
Àqueles que optarem pelo encaminhamento online, deverá ser feito por meio dos e-mails educambiental@mma.gov.br ou sibea@mma.gov.br, e o Termo de Cessão de Direitos encaminhado para o endereço de correspondência. Caso o Termo não seja encaminhado, o vídeo será desclassificado. Já os que optarem por encaminhar em formato digital (CD, DVD), deverão enviar o Termo junto com a mídia para: Ministério do Meio Ambiente - Esplanada dos Ministérios - Bloco B – Departamento de Educação Ambiental – CEP: 70068-900 - Brasília – DF.
Dúvidas também podem ser tiradas pelos telefones (61) 3317 1288 / 1188.
O Circuito Tela Verde é uma das ações de educomunicação do DEA/MMA, em sintonia com os princípios do Programa Nacional de Educação Ambiental e em comemoração aos 10 anos da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n° 9.795/99).

PROJETO ONDAS DA VIDA

Projeto Ondas da Vida - Une meio ambiente e Cidadania.

O LITORAL CEARENSE E A POLUIÇÃO

sábado, 16 de janeiro de 2010

Vem devastação por aí...

http://opovo.uol.com.br/opovo/politica/945553.html

UMA REFLEXÃO SOBRE ECOTURISMO

O ecoturismo exige ética na sua comercialização - Fev/04




Jamais se falou tanto da indústria de viagens e turismo no Brasil. É tempo de investir no fortalecimento deste segmento, mas se faz necessário antes, definir realmente o que é certo e o que é errado no uso da natureza comercializada, estabelecendo os limites de convivência do homem com a natureza. Precisa-se determinar uma ética, regulamentando o uso da natureza, da propriedade e um critério na sua comercialização. Uma das medidas é evitar a massificação, o turismo ecológico é, por definição, uma atividade seletiva. Na comercialização deve ser observada a venda do produto com o cuidado de ofertar muita segurança e higiene , preparando o turista na questão da educação ambiental. Praticado de maneira mal planejada,ele pode se transformar num instrumento de degradação ambiental e cultural, ao invés de ser uma ferramenta para a conservação e desenvolvimento local.


Quando bem praticado, o ecoturismo pode ser uma alternativa sustentável de exploração e conservação dos recursos naturais dos destinos selecionados, oferece experiências únicas e autênticas ao turista, proporcionando uma vivência real como novas culturas e ambientes, além de oferecer ao mercado oportunidades de pequenas iniciativas locais, valorizando a especialização em determinados segmentos.


A propriedade destinada a implantação ou que estiver em atividade turística deverá estabelecer normas de sustentabilidade que garantam o futuro do empreendimento. As regras de sustentabilidade devem ser dirigidas em todos os sentidos,tanto para a produção agrícola, pecuária como para a agroindústria ou turismo.


Todo turista que busca conhecer os potenciais ecoturísticos nacionais, descobrindo locais onde nossas riquezas naturais e culturais se manifestam em abundância, reconhece esta atividade como algo concreto e como elemento fundamental e potencialmente valioso de emprego e renda para a população. Um incentivo essencial para o desenvolvimento econômico e social do país. O ecoturismo, é também, uma alternativa para afastar o problema da sazonalidade e evasão dos turistas das férias.


Calcula-se que o mercado mundial neste tipo de turismo seja da ordem de 8 milhões de pessoas, partindo dos E.U.A, 20 milhões da Europa e de 2 a 3 milhões saindo de outros continentes. Desse conjunto, de aproximadamente 30 milhões de turistas, o Brasil recebe menos de 1%.A Amazônia, considerada como a grande estrela do país, uma das últimas reservas florestais do planeta, apresentando uma grande diversidade biológica e altos graus de endemismo da flora e da fauna,recebe menos de 0,16%.Diante desta realidade,faz-se necessário exercitar uma inteligência comercial diferenciada, incentivando cada vez mais a qualidade, investindo com criatividade na divulgação de nossas riquezas, desta maneira , iremos incrementar esta atividade, pois estaremos projetando a imagem do país para milhões de turistas potenciais e para formadores de opinião em todo o mundo.


Autora:
Vininha F.Carvalho

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

MUITO BOA ESSA ANÁLISE NO JORNAL O POVO SOBRE A COP 15

APREENSÃO DE PÁSSAROS SILVESTRES

UMA LEITURA INTERESSANTE

CENÁRIOS DE UM NOVO MUNDO

Nem todos agem da mesma forma diante dos problemas. Uma boa parte das pessoas tende a continuar vivendo como se nada estivesse acontecendo, como se os problemas só afetassem aos outros, ou como se a responsabilidade pela solução dos problemas fosse dos outros, do vizinho, das autoridades, dos empresários.  Outros preferem fugir e a maneira mais comum de fazer isso é negando a existência do problema ou minimizando sua importância através de piadinhas e ironias que de preferência, por tabela, desqualifiquem os denunciantes! A inteligência humana é brilhante para encontrar soluções quando quer fazer, mas também pode ser brilhante para encontrar desculpas para não agir quando não quer.

Não é novidade para ninguém que nosso estilo de vida consome mais recursos naturais do que a natureza consegue repor e que usamos o Planeta como se fosse uma enorme lixeira para descartar os nossos restos. Entre as muitas conseqüências, assistimos o agravamento das mudanças climáticas que já afetam a vida e os bens de milhões de pessoas em todo o Planeta.

E este é só o começo dos novos tempos. Alguns falam em processo de extinção de nossa espécie. Não acredito. Uma de nossas maiores características é a de nos adaptar. Estamos presentes desde os desertos às florestas, dos locais mais frios aos mais quentes, dos mais alagados aos mais secos, sobrevivemos a terremotos, vulcões, tsunamis, tigres dente-de-sabre, vírus e bactérias! Nossa espécie está pronta para continuar, doa a quem doer!

Outra característica nossa é a violência. O amor, a generosidade, a solidariedade fazem parte de nossos sonhos, de nossos ideais, inspiram artistas, religiosos, ideólogos, mas a realidade é bem outra! A história da presença humana sobre este Planeta tem sido uma história de sucessivas guerras contra a natureza, contra os deuses, contra os animais, contra nós mesmos. Ainda hoje, em nossas cidades, e também no trânsito, se mata mais gente que nas guerras! Não deveríamos, mas aprendemos a conviver e a aceitar como naturais uma sociedade organizada na base da exploração de um pelo outro, que submete a natureza não para atender às necessidades de muitos, mas aos desejos e ganância de uns poucos. Quem hoje domina o poder de usar dos recursos naturais para enriquecer não irá ceder facilmente quando este domínio for ameaçado por qualquer razão. A tendência será ‘cravar mais fundo os dentes’ para assegurar suas fontes de recursos e poder, como fazem os parasitas quanto o hospedeiro tenta removê-los!

Com o agravamento das secas e inundações e a intrusão da água salina nos lençóis de água subterrânea, devido o aumento dos oceanos, os prejuízos para a agricultura serão enormes e um dos resultados além da fome será a migração de populações de famintos do campo para a cidade, inchando ainda mais as favelas e pressionando os empregos e salários, demandando serviços de saúde, educação, etc. Se no campo, essas pessoas eram braços e pernas produzindo alimentos, nas cidades serão bocas a mais para serem alimentadas. Nossa espécie conhece bem o problema e a tendência é aumentar a vigilância sobre as fronteiras e adotar soluções como a dos EUA para impedir a migração de mexicanos. Um mundo mais aquecido será também um mundo mais dividido, menos solidário, e com mais conflitos!

Existem outras pessoas que, diante de problemas, tendem a enfrentá-los. Primeiro buscando manterem-se bem informadas sobre a real dimensão dos problemas, separando fantasia da realidade. Segundo, capacitando-se para os novos desafios com cursos e treinamentos adequados. Pessoas com visão empreendedora saberão identificar oportunidades na crise e continuarão produzindo riquezas e gerando empregos, pagando impostos! Em poucos anos, por exemplo, os oceanos estarão maiores e invadirão mais terras, pressionando as infra-estruturas nas cidades. Os conhecimentos e tecnologias de povos que vivem abaixo do nível do mar, como os holandeses, serão importantes nessa nova fase.  E a vida continuará do mesmo jeito de sempre, mas num mundo diferente
Vilmar Berna in Jornal do Meio Ambiente
Acesse o site www.jornaldomeioambiente.com.br

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

UM LIVRO INTERESSANTE

SITUAÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE BATURITÉ

UMA REFLEXÃO SOBRE AGROECOLOGIA

Artigo

Políticas públicas para a agroecologia

Luiz Antônio Maciel de Paula
12 Jan 2010 - 00h42min

O planejamento governamental a partir do Plano Plurianual (PPA) estabeleceu regras do jogo, pelo menos no que se refere à definição de políticas de Estado e sua permanência & independente da mudança de governo &, consolidando-se na forma de programas e projetos sociais e produtivos.

Na área da agricultura, consolidaram-se programas tais como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PPA). Sob a coordenação Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a política atual para a agricultura familiar tem como eixos estratégicos o combate à pobreza rural (territórios), a segurança alimentar (PAA), a geração de renda e agregação de valor (biodiesel) e a sustentabilidade (agricultura de base ecológica); atuando de forma articulada às outras políticas de reforma agrária, qualificação da produção (assistência, extensão, crédito e garantias de renda e comercialização), territórios da cidadania e plano safra e mais alimentos.

A agroecologia é considerada no contexto dos programas sob a responsabilidade da Secretaria de Agricultura familiar através do Programa Nacional de Apoio à Agricultura de Base Ecológica nas Unidades Familiares de Produção. Segundo o MDA, trata-se de um instrumento para fortalecer a agricultura familiar que visa à articulação de políticas públicas destinadas a apoiar agricultores familiares e outros povos da terra, bem como organizações governamentais e ONGs, e instituições implicadas em processos de desenvolvimento rural, para que possa estabelecer mecanismos de apoio e estratégias para ações que propiciem a transição agroecológica dos modelos produtivos convencionais para estilos sustentáveis de agropecuária.

Entretanto, o planejamento por si não é condição suficiente para assegurar a sustentabilidade das políticas. Outro aspecto relevante diz respeito à gerência social dos programas. Exige-se uma compreensão e uma adesão por parte dos gestores de forma a levá-los a praticarem esse conceito com ética e compromisso profissional para assegurar a transição. Neste sentido, a avaliação dos programas cumpre um papel importantíssimo de extrapolar os conceitos de eficiência e eficácia, tendo em vista que se trata de gestão social e não empresarial. O conceito de efetividade amplia a análise típica da avaliação econômica e financeira & que considera apenas a relação entre o custo e o benefício & e destaca a importância do impacto dos projetos. Ou seja, o custo não deve ser comparado apenas com o benefício em termos monetários, mas também com o impacto em termos de resultados na melhoria de vida das pessoas.

Portanto, a elaboração, a execução e a avaliação de programas devem ser participativas e, acima de tudo, devem contemplar os preceitos da sustentabilidade de maneira a assegurar o sucesso da política. O tempo dirá se a concepção atual das políticas para a agricultura familiar é de fato sustentável e transformadora da realidade social do campo.

Luiz Antônio Maciel de Paula - Ph.D. em Economia Agrícola,

pós-doutorado em Políticas Públicas
ldepaula@ufc.br

VEJA ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE NOSSA MEGADIVERSIDADE

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

EFEITOS DA PESCA PREDATÓRIA

Veja aqui os resultados da Pesca excessiva

UMA LEITURA PARA REFLEXÃO...

A lei do clima




11/1/2010


A Conferência de Copenhague da ONU - Organização das Nações Unidas - sobre Mudança Climática (COP 15), realizada, na Dinamarca, foi encerrada, no dia 28 de dezembro pretérito, culminando com um vergonhoso e pífio pacto formatado por alguns poucos países participantes, entre esses o Brasil, denominado de "Acordo de Copenhague", evitando-se, assim, o seu fracasso total. A comitiva brasileira, sob a liderança da ministra do Planejamento, Dilma Rousseff, falou e esbravejou, nos quatro cantos da conferência, chegando a pronunciar, como desconhecedora absoluta dessa matéria: "o meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável", enquanto o presidente Lula assinou e sancionou a Lei do Clima, com objetivos múltiplos de combate às mudanças climáticas decorrentes dos efeitos de poluição atmosférica. As metas para redução da emissão dos gases passam a ser oficiais, mas, o Brasil não terá obrigação de cumpri-las, numa perspectiva projetada de que menos árvores serão derrubadas, nos próximos dez anos. São 80% menos na Amazônia e 40% menos, no cerrado - cálculos estimados por técnicos em meio ambiente. E vai além: promete aumentar a oferta de energia renovável: a elétrica, o etanol e biodiesel e de fontes alternativas, como a solar e eólica, que, ao chegar o Brasil no ano de 2020, teremos menos emissão de gases de efeito estufa, entre 36,1 e 38,9% de redução. Para o Greenpeace, a lei que institui a "Política Nacional de Mudança do Clima" é uma declaração de boas intenções, cujo cumprimento é voluntário, certamente, será mais uma lei que não irá pegar. O Greenpeace considera um erro a decisão do presidente Lula de ter retirado a menção ao abandono paulatino de combustíveis fósseis: uso do petróleo, gás natural e carvão mineral, enquanto o grande enfoque dos países desenvolvidos é investir na substituição da matriz energética. Nesse enfoque, o Brasil coloca suas esperanças no pré-sal. Para ambientalistas brasileiros, o governo precisa apresentar números mais concretos de redução de emissões de carbono, um plano real e concreto, que justifique a sua viabilidade e estratégias pertinentes ao desmatamento.

João Gonçalves Filho (Bosco) - da Academia Limoeirense de Letras
fonte: Jornal Diário do Nordeste -  11/01/10

ESTÁ NA HORA DE AGIR

UMA REFLEXÃO

domingo, 10 de janeiro de 2010

REVISTA ISTO É FALA DA TRAGÉDIA DO REVEILLON E ASSOCIA ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

ENTREVISTA INTERESSANTE

Veja esta entrevista e tire suas conclusões

FATO PREOCUPANTE

UMA OPINIÃO CONTUNDENTE

UMA LEITURA IMPORTANTE

Desabamentos, enxurradas e outras tragédias




Foi-se o tempo em que o ambientalismo era considerado uma atividade exótica e de importância relativa. Hodiernamente, a questão ambiental assumiu o protagonismo dos debates científicos em todo o mundo, em função de sua evidente urgência e da gravidade da situação planetária em face do desenvolvimento insustentável que foi produzido nos últimos três séculos.
Atualmente, os malefícios desta cultura de exploração desenfreada dos recursos naturais se fazem sentir no cotidiano das pessoas, podendo ser percebidas alterações climáticas dramáticas, a inviabilização de rios, lagoas e praias, a poluição do ar, o desmatamento descontrolado de florestas e matas para viabilizar atividades agrárias ou a exploração de madeira. Não estamos mais falando de algo distante ou hipotético, mas simplesmente testemunhando diariamente o declínio da qualidade de vida da nossa geração, que se traduz em diversas lesões simultâneas e superpostas com as quais somos obrigados a conviver.
Aliás, para quem supunha que os alertas ambientais eram exagerados, todo o verão começa com tragédias que comprovam que as questões relativas à ecologia não são histeria de pessoas desequilibradas, mas uma emergência que deve ser finalmente enfrentada: nossa sociedade optou pelos benefícios econômicos numa escala que prejudica irremediavelmente a natureza, trazendo como consequência o prejuízo do próprio homem.
Esta acepção economicista de sociedade parece ser comum a todos os modelos ideológicos que servem de base para as correntes políticas que lutam pelo poder em todos os países. As denominadas direita e esquerda, os ditos capitalismo, socialismo e comunismo, os países centrais e os periféricos, todos os modelos e governos pressupõem a conquista da prosperidade através do desenvolvimento econômico. A questão ambiental é tratada pelos detentores do poder como um detalhe e ser solucionado em prol de um bem mais valioso e importante que é a criação de riqueza a partir de atividade econômica que consome recursos ambientais.
Desta constatação histórica podem ser tiradas algumas conclusões: a primeira delas se refere à inclusão da vida humana como integrante da preocupação ambiental, não se podendo ter mais a visão de que a ecologia é algo do qual o homem não participa como interessado principal. A segunda conclusão é de que se o homem é vítima, também, dos descuidos com o ambiente, sua qualidade de vida passa a ser um bem a ser protegido. Assim, o que deteriora a qualidade de vida da população é lesão ao meio ambiente. Engarrafamentos, a favelização das cidades, a desordem urbana em metástase, os desabamentos, a formação de ilhas de calor por falta de aeração, a exploração imobiliária predatória, enfim, mazelas do cotidiano de grandes cidades do Brasil, são questões ambientais e devem ser interpretadas e enfrentadas a partir dos princípios do Direito Ambiental.

Quanto ao chamado desenvolvimento sustentável, paradigma da relação entre o desenvolvimento social e econômico e a necessidade de se preservar o meio ambiente, é possível que seja um dos termos mais manipulados e prostituídos, com o perdão da expressão, da História recente. No Brasil, sustentabilidade virou sinônimo de marketing empresarial. O que se tem visto é que a força dos interesses econômicos é capaz de influenciar todos os poderes constituídos, através de expedientes legais ou ilegais, infelizmente. A própria criação da lei é muitas vezes manipulada por interesses econômicos que se impõem à lógica da proteção do meio ambiente.
Agora, o preço desta prática começa a ser cobrado
 

Fonte: JORNAL O ESTADO -  09/O1/10

Veja o Programa de Educação Ambiental do Instituto Chico Mendes

sábado, 9 de janeiro de 2010

PARA PESQUISA - ANUÁRIO SÓCIOAMBIENTAL

O QUE VEM POR AÍ...

pesquisa sobre consciência ambiental

lista de animais ameaçados de extinção - retirados do site wikipedia

Mamíferos ameaçados

 Aves ameaçadas

] Répteis ameaçados

PARA PENSAR...

"Esse direito - o de matar um veado ou uma vaca - nos parece natural porque nós estamos no alto da hierarquia. Mas bastaria que um terceiro entrasse no jogo, por exemplo, um visitante de outro planeta a quem Deus tivesse dito: Tu reinarás sobre as criaturas de todas as outras estrelas, para que toda a evidência do Gênese fosse posta em dúvida. O homem atrelado à carroça de um marciano - eventualmente grelhado no espeto por um visitante da Via-Láctea - talvez se lembrasse da costeleta de vitela que tinha o hábito de cortar em seu prato. Pediria (tarde demais), desculpas à vaca." - Milan Kundera

"A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. é aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras." - Milan Kundera

a importância dos Recifes.

Veja nesta reportagem a importância dos Recifes.

uma leitura importante

POR ATITUDES EM FAVOR DO AMBIENTE
O mundo moderno cresce de forma assustadora e cada vez mais a intervenção do homem sobre a natureza é um dado que merece discussão , análise e proposições. O crescimento da economia tem trazido uma série de prejuízos ambientais quando só se pensa em lucro e não se analisa os custos ambientais de projetos eficientes na economia , mas desastrosos em termos ambientais. São muitas as razões para que tenhamos que discutir a problemática ambiental todos os dias não reduzindo essa discussão a uma efemeridade ou a atos isolados e muitas vezes ineficientes.
Precisamos nos dar conta de que é necessária uma reflexão sobre o papel do ser humano no ambiente natural, pois não devemos considerar o mesmo um ser absoluto que só deve usar o ambiente não se preocupando com sua conservação e valorização. Precisamos mudar nossos hábitos que devem ser conduzidos a uma ação de sustentabilidade ambiental e preservação de toda vida na terra. O momento atual é repleto de questionamentos acerca da forma como queremos conduzir o mundo numa irresponsável ação de desperdício, descartabalidade e não reciclagem.
É necessário que tenhamos mente e coração unidos numa nova ordem onde o ambiente seja palco de intervenções responsáveis, de ações positivas , de busca por um mundo melhor e sem degradação. Se o homem parar para pensar com certeza se dará conta de que o que está sendo feito no mundo por parte dos ditos racionais só levará à destruição e exaurimento de nossos recursos conduzindo - nos a um caminho sem volta de degradação e destruição.
É preciso que incentivemos ações de conscientização dos seres humanos numa ação multiplicadora que vise em primeiro lugar o respeito ao planeta e aos próprios seres humanos. É necessária uma nova discussão acerca do desenvolvimento que pode ocorrer, porém sem destruição. É urgente criar uma nova relação do homem com os seus semelhantes e com a natureza, pois é justo que tenhamos progresso que beneficie a todos o que não é característica deste modelo que temos agora em vigor.
É primordial desenvolver uma luta pela justiça social que trará com certeza a dignidade ambiental, pois geralmente os graves problemas ambientais só prejudicam a quem não pode pagar por um ambiente puro e digno. Precisamos investir em conhecimento, mas um conhecimento que tenha como meta o desenvolvimento justo e ambientalmente correto. É necessário criar mecanismos que façam com que nosso povo tenha educação ambiental crescente, multiplicadora e que atinja a todos com ações pontuais e sérias, pois essa nave terra precisa de navegadores bem treinados e orientados para a conquista de um mundo melhor e ambientalmente justo.

blog aprendizesdanatureza.blogspot.com

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS

DADOS PREOCUPANTES

Ambiente Legal
 
Edição de segunda-feira 21 de dezembro de 2009
 


Ambiente legal 

Até onde o nível do mar pode subir?.

No momento em que as atenções se voltam para os desdobramentos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada em Copenhague, um novo estudo eleva as preocupações sobre as consequências do aquecimento global. Ele prevê que um aumento de 3ºC na temperatura da Terra fará com que o nível do mar suba pelo menos 8 metros. .

Revisão para cima das estimativas do IPCC .

O estudo de pesquisadores das universidades de Harvard e Princeton, sob coordenação de Robert Kopp e publicado pela revista Nature, revisa para cima as estimativas do último relatório do IPCC (na sigla em inglês, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas), segundo o qual os mares estavam, no período interglacial, há 125 mil anos, entre 4m e 6m acima do nível de hoje. .

Mensagem problemática .

Dois especialistas norte-americanos em geociências, Peter Clark e Peter Huybers, alertam, em comentário na Nature, que se essas estimativas estiverem corretas a mensagem problemática é de que o nível dos mares, em resposta a um aquecimento global de 1,5ºC a 2ºC, sofreria uma elevação de 7m a 9m em relação ao nível atual. .

Mais chuva na América Latina .

Outro estudo, divulgado em Copenhague pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), prevê eventos climáticos extremos para essa região: as chuvas devem se intensificar em 20% em países como Equador e Peru, leste da Amazônia e nordeste do Brasil. O intervalo entre o período de chuvas deverá ser maior, com aumento do nível do mar e noites mais frias em toda a América Latina. .

Estratégia de longo prazo .

O relatório da Cepal observa que a elevada sensibilidade de atividades econômicas, como a agricultura e o turismo, aos efeitos do clima ressalta a necessidade de formulação de uma estratégia de desenvolvimento sustentável a longo prazo. As alterações climáticas ainda irão provocar, de acordo com o documento, pressões adicionais sobre os recursos hídricos de Brasil, Argentina, Chile, Equador e Peru.


Fonte: JORNAL DO SENADO 92749

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

EDITORIAL DO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE

Progresso e ecologia

7/1/2010

Passada a efervescência dos debates e acordos, alguns deles feitos de improviso, na recente Conferência de Copenhague, o presidente Lula sancionou a lei que estabelece a Política Nacional de Mudança Climática, corroborando o compromisso voluntário do Brasil de reduzir suas emissões de gás-estufa em 36,1% a 38,9% até 2020. Nos vetos apostos ao texto aprovado no Congresso Nacional, o setor do petróleo e as hidrelétricas. Além disso, os recursos alocados ao plano de luta contra o aquecimento global poderão ser retidos como reserva do País.

Paralelamente, cresce o grupo daqueles que acreditam ser o desenvolvimento estreitamente relacionado aos valores sociais e ambientais, com uma economia baseada em biomassa e biodiversidade. Partem do pressuposto de que, mantidos os atuais níveis de demanda de energia, dentro do mesmo alheamento à gravidade do problema em curso, o Planeta entrará em colapso em aproximadamente 30 anos. Os divulgadores da chamada biocivilização estão convictos de que, além da instituição de sistemas mais sóbrios de consumo energético, o caminho fatal para a suposta falência do mundo serão as rotas de crescimento econômico desvinculadas de critérios sociais e de cuidados com o meio ambiente. Mas consciência dessa realidade está-se ampliando gradualmente.

No entender do brasilianista europeu Ignacy Sachs, a quem se deve o mérito de ser o criador do conceito de desenvolvimento sustentável, a biocivilização está a requerer planejamento efetivo imediato, não mais podendo ser pensada em longo prazo. Embora não menospreze a descoberta do pré-sal, considerada indispensável ao período de transição que se seguirá, ele admite que o Brasil reúne condições para liderar no futuro o processo da economia de baixo carbono. Além da maior floresta tropical em pé, o território nacional possui as vantagens do clima favorável e de um potencial a ser conquistado através da biomassa. O grande desafio para o País, na segunda década do século XXI, será encontrar soluções para produzir biocombustível sem afetar a segurança no campo da produção de alimentos.

Na opinião do indiano Amartya Sem, Prêmio Nobel de Economia em 1998, a fome do mundo não decorreria da escassez de alimentos em si, mas do poder de compra insuficiente dos consumidores, o que implicaria numa redefinição do conceito de desenvolvimento como acesso das pessoas aos direitos universais, neles incluído o direito coletivo ao meio ambiente. Caberia ao Estado, segundo o economista indiano, colocar em prática um conjunto de ações que facilitem o acesso à terra, com assistência técnica permanente e a implantação paralela de variadas formas de empreendedorismo coletivo.

Na civilização da biomassa, seriam de vital importância o relacionamento do homem com a terra e o fortalecimento da agricultura familiar, priorizando a harmonia entre o desenvolvimento rural e o urbano.

No cômputo geral, torna-se imprescindível a execução de sérios projetos, sem artificialismos ou jogos duplos ditados por conveniências circunstanciais. Faz-se necessária, sobretudo, a ausência de qualquer espécie de radicalismo, político ou ideológico, que possa vir a comprometer o justo equilíbrio do desenvolvimento da nação.
Diário do Nordeste - 07/01/10