sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

DADOS PREOCUPANTES

Ambiente Legal
 
Edição de segunda-feira 21 de dezembro de 2009
 


Ambiente legal 

Até onde o nível do mar pode subir?.

No momento em que as atenções se voltam para os desdobramentos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada em Copenhague, um novo estudo eleva as preocupações sobre as consequências do aquecimento global. Ele prevê que um aumento de 3ºC na temperatura da Terra fará com que o nível do mar suba pelo menos 8 metros. .

Revisão para cima das estimativas do IPCC .

O estudo de pesquisadores das universidades de Harvard e Princeton, sob coordenação de Robert Kopp e publicado pela revista Nature, revisa para cima as estimativas do último relatório do IPCC (na sigla em inglês, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas), segundo o qual os mares estavam, no período interglacial, há 125 mil anos, entre 4m e 6m acima do nível de hoje. .

Mensagem problemática .

Dois especialistas norte-americanos em geociências, Peter Clark e Peter Huybers, alertam, em comentário na Nature, que se essas estimativas estiverem corretas a mensagem problemática é de que o nível dos mares, em resposta a um aquecimento global de 1,5ºC a 2ºC, sofreria uma elevação de 7m a 9m em relação ao nível atual. .

Mais chuva na América Latina .

Outro estudo, divulgado em Copenhague pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), prevê eventos climáticos extremos para essa região: as chuvas devem se intensificar em 20% em países como Equador e Peru, leste da Amazônia e nordeste do Brasil. O intervalo entre o período de chuvas deverá ser maior, com aumento do nível do mar e noites mais frias em toda a América Latina. .

Estratégia de longo prazo .

O relatório da Cepal observa que a elevada sensibilidade de atividades econômicas, como a agricultura e o turismo, aos efeitos do clima ressalta a necessidade de formulação de uma estratégia de desenvolvimento sustentável a longo prazo. As alterações climáticas ainda irão provocar, de acordo com o documento, pressões adicionais sobre os recursos hídricos de Brasil, Argentina, Chile, Equador e Peru.


Fonte: JORNAL DO SENADO 92749

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