sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Era Da Estupidez - Completo (8/9) - The Age of Stupid

UMA DISCUSSÃO SOBRE QUALIDADE DE VIDA

QUALIDADE DE VIDA 

Publicado em
2011-02-25
Quero agradecer mais uma vez a todos os leitores pelos e-mails e pelo prestígio aos artigos “Formas de Dominação Subconscientes, Como Erradicar a Pobreza no Mundo e Segredos da Mente do Homem” principalmente, que estão entre um dos mais lidos deste site e estão sendo reproduzido por vários outros. Acredito que isso se deve ao conceito de escrita deles, que visam o desenvolvimento de si próprio e o fator social, o que acredito serem um dos grandes anseios das pessoas em nossos dias. Agora vou compartilhar em poucas palavras nesse artigo como ter qualidade de vida e que aspectos precisam ser levados em conta que que ela possa existir.
A expressão qualidade de vida foi empregada pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson em 1964 ao declarar que "os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas." O interesse em conceitos como "padrão de vida" e "qualidade de vida" foi inicialmente partilhado por cientistas sociais, filósofos e políticos. O crescente desenvolvimento tecnológico da Medicina e ciências afins trouxe como uma consequência negativa a sua progressiva desumanização. Assim, a preocupação com o conceito de "qualidade de vida" refere-se a um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida.
Assim, a avaliação da qualidade de vida foi acrescentada nos ensaios clínicos randomizados como a terceira dimensão a ser avaliada, além da eficácia (modificação da doença pelo efeito da droga) e da segurança (reação adversa a drogas) (BECH,1995). A oncologia foi a especialidade que, por excelência, se viu confrontada com a necessidade de avaliar as condições de vida dos pacientes que tinham sua sobrevida aumentada com os tratamentos propostos (KATSCNIG, 1997), já que muitas vezes na busca de acrescentar "anos à vida" era deixado de lado a necessidade de acrescentar "vida aos anos".
O termo qualidade de vida como vem sendo aplicado na literatura médica não parece ter um único significado (GILL e FEINSTEIN, 1994). "Condições de saúde", 'funcionamento social" e "qualidade de vida" tem sidos usados como sinônimos (GUYATT e cols.) e a própria definição de qualidade de vida não consta na maioria dos artigos que utilizam ou propõe instrumentos para sua avaliação (GILL e FEINSTEIN, 1994). Qualidade de vida relacionada com a saúde ("Health-related quality of life" ) e Estado subjetivo de saúde ("Subjective health status") são conceitos afins centrados na avaliação subjetiva do paciente, mas necessariamente ligados ao impacto do estado de saúde sobre a capacidade do indivíduo viver plenamente. BULLINGER e cols. (1993) consideram que o termo qualidade de vida é mais geral e inclui uma variedade potencial maior de condições que podem afetar a percepção do indivíduo, seus sentimentos e comportamentos relacionados com o seu funcionamento diário, incluindo, mas não se limitando, à sua condição de saúde e às intervenções médicas.
Instrumentos de Medida de Qualidade de Vida
Houve na última década uma proliferação de instrumentos de avaliação de qualidade de vida e afins, com um crescente interesse em traduzi-los para aplicação em outras culturas. A aplicação transcultural através da tradução de qualquer instrumento de avaliação é um tema controverso. Alguns autores criticam a possibilidade de que o conceito de qualidade de vida possa ser não-ligado a cultura (FOX-RUSHBY e PARKER, 1995). Por outro lado, em um nível abstrato, alguns autores tem considerado que existe um "universal cultural" de qualidade de vida, isto é, que independente de nação, cultura ou época, é importante que as pessoas se sintam bem psicologicamente, possuam boas condições físicas e sintam-se socialmente integradas e funcionalmente competentes (BULLINGER, 1993).
A busca de um instrumento que avaliasse qualidade de vida dentro de uma perspectiva genuinamente internacional fez com que a Organização Mundial da Saúde organizasse um projeto colaborativo multicêntrico. O resultado deste projeto foi a elaboração do WHOQOL-100, um instrumento de avaliação de qualidade de vida composto por 100 itens, que são os que caracterizam a qualidade de vida nas pessoas:

Domínio I - Domínio físico

1. Dor e desconforto
2. Energia e fadiga
3. Sono e repouso
Domínio II - Domínio psicológico
4. Sentimentos positivos
5. Pensar, aprender, memória e concentração
6. Autoestima
7. Imagem corporal e aparência
8. Sentimentos negativos
Domínio III - Nível de Independência
9. Mobilidade
10. Atividades da vida cotidiana
11. Dependência de medicação ou de tratamentos
12. Capacidade de trabalho
Domínio IV - Relações sociais
13. Relações pessoais
14.Suporte (Apoio) social
15. Atividade sexual
Domínio V- Ambiente
16. Segurança física e proteção
17. Ambiente no lar
18. Recursos financeiros
19. Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade
20. Oportunidades de adquirir novas informações e habilidades
21. Participação em, e oportunidades de recreação/lazer
22. Ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima)
23. Transporte
Domínio VI- Aspectos espirituais/Religião/Crenças pessoais
24. Espiritualidade/religião/crenças pessoais.(OMS)
Como pode-se analisar, a qualidade de vida não é um conceito tão subjetivo, e se modificarmos pequenos hábitos com relação a esses itens acima poderemos ter uma vida mais satisfatória. Quem modifica o mundo somos nós, mas cada um o faz para si, e dificilmente também servirá para nós. Por isso devemos ter consciência de que “nós devemos mudar o mundo para chegar aos nossos interesses”, e não ficar esperando que a sorte o faça porque ela só serve para quem está preparado ou se preparando para poder aproveitá-la. Não devemos deixar muitas vezes que o mundo nos domine, mas que nós “dominemos o mundo” à nossa volta, não no aspecto doentio do termo, mas procurando controlar as coisas ao nosso redor e se ajustando às coisas importantes de verdade, para logramos êxito em tudo que planejamos alcançar. Isso se alcançará de forma mais fácil se nós conseguirmos muitas vezes “transformar em palavras fielmente o que sentimos sobre as coisas”, cada um à sua forma. Uns fazem isso através da ciência, tecnologia, filosofia, literatura, poesia, futebol, música e religiosidade principalmente, e eu não descarto nenhuma delas, todas são importantes. E aos derrotistas e aos que querem “amputar” às expressões do ser humano considero que tenham a mente mais “aberta”, e isso se consegue com o conhecimento. E a Humanidade é muito importante para a tratarmos com a metodologia “do erro e acerto”. Precisamos sim de dinheiro para mudar as coisas porque “só relógio trabalha de graça” e do conhecimento científico porque precisamos desenvolver às pessoas e instituições para nos tornarmos um país de primeiro mundo, não financeiramente, mas principalmente de pessoas que vivam melhor e com uma vida planejada para eficiência em seus vários aspectos.
Até uma próxima oportunidade.
É soldado da Polícia Militar do Paraná, pai de família, de religião Protestante, ministro de serviço religioso e escritor de artigos sobre assuntos variados.

PARA DISCUTIR O CONSUMISMO

A arte de seduzir Imprimir E-mail
Escrito por Frei Betto   
25-Fev-2011
 
Toda ditadura é megalômana. E a que governou o Brasil sob botas e fuzis, de 1964 a 1985, não foi diferente. A construção da rodovia Transamazônica simboliza a arrogância do regime militar.
 
Rasgou-se a selva de leste a oeste. Abriu-se a estrada em paralelo a caudalosas vias fluviais. Em vez de aprimorar o sistema de navegação pelo rio Amazonas e seus afluentes, a ditadura preferiu obrigar a floresta a ajoelhar-se a seus pés. Possantes máquinas puseram abaixo árvores milenares encorpadas de madeiras nobres, destruíram ecossistemas preciosos, alteraram o equilíbrio ecológico da região.
 
Tudo em nome de uma palavra tão propalada e, no entanto, vazia de significado: desenvolvimento. Leia-se: exploração predatória da maior floresta tropical do mundo, aberta à voracidade de mineradoras, madeireiras e, sobretudo, do latifúndio predador, quase sempre movido a trabalho escravo.
 
"No meio do caminho havia uma pedra", repetiria Drummond. Povos indígenas. Como impedir que oferecessem resistência? Simples: através da arte de seduzir. A Funai ergueu tapini (cabanas de folhas). Dentro, utensílios de caça e cozinha, ferramentas etc.
 
Os índios, encantados com os objetos, acolhiam gentilmente os caras-pálidas. E ingenuamente eram cooptados pelas relações mercantilistas. Em troca de bugigangas perdiam saúde, terras, liberdade e vida.
 
Detalhe: o mato, não o gato, comeu a Transamazônica, fonte de riqueza e poder de umas tantas empreiteiras.
 
Hoje, os índios somos todos nós. Os tapini, os shopping, a publicidade, as veneráveis bugigangas que nos agregam valor. O inumano imprime sentido ao humano, como faziam os deuses de ouro denunciados pelos profetas bíblicos: tinham boca, mas não falavam; olhos, mas não viam; ouvidos, mas não escutavam; pés, mas não andavam...
 
Estamos todos sob o efeito hipnótico do consumismo. Não importa se o produto é frágil ou de má qualidade. Seu design nos cativa. Sua publicidade nos faz acreditar que estamos comprando a oitava maravilha do mundo! E, ingenuamente, que se trata de um produto durável, mesmo conscientes de que o capitalismo não se importa com o direito do consumidor, e sim com a margem de lucro do produtor.
 
Como se livrar do labirinto consumista que, na verdade, se consuma nos consumindo? Não vejo outra porta de saída fora da espiritualidade, somada a uma nova visão do mundo. Sem espiritualidade corremos o risco – sobretudo os mais jovens – de dar importância àquilo que não tem. Imbuídos da baixa auto-estima que nos incute a publicidade ("você não é ninguém porque não possui este carro, não veste esta roupa, não faz esta viagem...") encaramos a mercadoria como algo que nos agrega valor. Não basta a camisa, a bolsa ou o tênis. Têm que ser de grife, com a etiqueta exibida do lado de fora. Assim, todos à nossa volta haverão de reconhecer o nosso status. E quiçá invejar-nos. E aquele ser humano que, ao lado, carece de produtos refinados, é visto como não tendo nenhuma importância. Pois não se enquadra no atual princípio pós-cartesiano: "Consumo, logo existo".
 
É espiritualizada toda pessoa cujo sentido de vida deita raízes em sua subjetividade e cujas opções são movidas por ideais altruístas. Ela não faz do que possui – conta bancária, títulos, casa, carro etc. – seu fator de auto-estima. Sabe que tem valor em si, que não é nutrido pela posse de bens e sim por sua capacidade de fazer o bem aos outros. Sua auto-estima se funda na generosidade, solidariedade e compaixão. Ela é feliz porque sabe fazer outras pessoas felizes.
 
O mercado tudo oferece. Todos os seus produtos nos chegam embrulhados em papel de presente: se compramos este carro, seremos felizes; se bebemos aquela cerveja, nos sentiremos alegres; se adquirimos tal roupa, ficaremos joviais. O único bem que o mercado jamais oferta é justamente este que mais buscamos: a felicidade. No máximo, o mercado tenta nos convencer de que a felicidade é o resultado da soma de prazeres.
 
Ora, a felicidade é um bem do espírito, jamais dos sentidos, da cobiça ou da arrogância. É feliz quem ousa destampar o próprio ego e conectar-se com o Transcendente, o próximo e a natureza. Esse irromper para fora de si mesmo tem nome: amor. E se manifesta nas dimensões pessoal, no dom de si ao outro, e na social, no empenho de construir um mundo melhor.
 
Frei Betto é escritor, autor de "Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira" (Rocco), entre outros livros. Página e Twitter do autor: http://www.freibetto.org/ - twitter:@freibetto

Publicado no site www.correiocidadania.com.br 
 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

veja este evento

Tudo pronto para o I Encontro Interdisciplinar de Comunicação Ambiental

Essa dica nos foi passada pela leitora deste Blog em Aracaju, a professora e jornalista Ana Ângela, da Unversidade Federal de Sergipe:
O Laboratório Interdisciplinar de Comunicação Ambiental (LICA) e o Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema), ambos da Universidade Federal de Sergipe, realizarão o I Encontro Interdisciplinar de Comunicação Ambiental (EICA). O objetivo é aglutinar, debater e divulgar pesquisas e experiências relacionadas ao papel da informação, da comunicação e da mídia no enfrentamento dos problemas ambientais contemporâneos.
A programação do Encontro, que tem apoio da Fapitec – Fundação de Amparo à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe, incluirá quatro mesas-redondas com especialistas de todas as regiões do país e apresentação de trabalhos.
Público-alvo: professores, pesquisadores, pós -graduandos, graduandos e profissionais de diferentes áreas de conhecimento interessados em discutir o papel da informação, da comunicação e da mídia no enfrentamento das questões ambientais contemporâneas.
Modalidades de trabalhos: artigos científicos que discutam questões teóricas ou apresentem resultados de investigações empíricas pertinentes à temática do Encontro;
relatos de experiências em empresas, organizações sociais, setores governamentais ou projetos de extensão universitária relacionadas à temática do evento;
pôsteres digitais que sintetizem dados de pesquisas ou relatos de experiências em comunicação ambiental.
* Prazo para envio de resumos expandidos: 03 de março de 2011 – eica2011.resumos@gmail.com.br
* Prazo para envio de pôsteres digitais: 15 de março de 2011 -
eica2011.poster@gmail.com.br.
* Prazo para envio dos trabalhos completos: 30 de março de 2011 – eica2011.trabalhos@gmail.com.br
* Prazo final para inscrição no evento: 30 de março de 2011 -
Programação
13 de abril – tarde: Local: Saguão da Reitoria do Campus de São Cristóvão da UFS
15h30 – início do credenciamento dos participantes
13 de abril – noite: Local: Auditório da Reitoria
18h – Abertura oficial
18h30 – Conferência de abertura:
O papel da informação e da comunicação em tempos de neoliberalismo ambiental
Carlos Walter Porto-Gonçalves, doutor em Geografia e professor de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), bolsista de produtividade do CNPq, pesquisador do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (CLACSO), autor de “A globalização da natureza e a natureza da globalização”, pelo qual recebeu o Prêmio Casa de Las Américas (Cuba), em 2008.
14.abril – Local: Auditório da Reitoria
8h30 às 10h30 – Comunicação ambiental de risco: a questão do petróleo
O incalculável impacto socioambiental provocado pelo gigantesco vazamento de petróleo de uma plataforma da British Petroleum (BP) no Golfo do México, em abril de 2010, e o início da perfuração de poços da Petrobras no Polígono de Águas Profundas da Bacia de Sergipe-Alagoas exigem uma reflexão: como as pessoas devem ser informadas sobre os riscos potenciais das atividades de prospecção, produção e transporte de petróleo e gás? Qual a responsabilidade da mídia nisso?
Coordenação: Sonia Aguiar
Debatedores:
Ana Cristina Carvalhaes Machado, jornalista efetiva da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde assessora a comunicação institucional, e mestranda do Programa de Pós-graduação em Economia Política Internacional da UFRJ. Maria Odete da Rosa Pereira, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da FURG (RS), pesquisadora do Lab. de Investigações em Educação, Ambiente e Sociedade (LIEAS), da UFRJ, e consultora de programas de educação ambiental associados a licenciamento de exploração de petróleo em comunidades costeiras. Representante da Petrobras (a ser indicado pela empresa).
Gicélia Mendes da Silva, doutora em Geografia, professora adjunta do Departamento de Geografia e docente do Prodema-UFS, onde atua nas áreas de Relação entre exploração petrolífera e desenvolvimento regional e territorial, entre outras;  é pesquisadora dos grupos de pesquisa Geoplan (UFS) e LACTA (UFF).
10h30-10h50 – intervalo
11h às 12h30 – Percepções e imagens do meio ambiente na mídia
Vivemos o que pensadores contemporâneos chamam de “a era das imagens”. No plural, assim, tendo em vista as formas plurais com que o recurso da imagem – em especial a imagem em movimento – vem se apresentando aos indivíduos. Com apoio de diversos aparatos tecnológicos, as imagens vêm assumindo o papel de dispositivos sociais, como que a funcionar em prol de uma necessidade coletiva de se espelhar para se compreender. Como se dão essas experiências imagéticas quando pautadas pela temática ambiental contemporânea? Que reflexões podem ser produzidas a partir delas?
Coordenação: Ana Ângela Farias Gomes
Debatedores:
Vera Diegoli, uma das criadoras e atual editora-chefe do Repórter ECO (www.tvcultura.com.br/reportereco/), o mais antigo programa da televisão brasileira especializado em meio ambiente e qualidade de vida, veiculado pela TV Cultura desde fevereiro de 1992, em formato de telerrevista semanal, com reportagens de viés científico e educativo.
Antônio Ribeiro de Almeida Júnior, professor associado do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq-USP, onde  preside o Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada; pesquisador visitante do Departamento de Comunicação da University of Massachusetts, coordenador do GT Mídia e Meio Ambiente do V Encontro Nacional da Anppas (2010) e coordenador do Laboratório de Mídia e Ambiente da ESALQ-USP.
Paulo Sérgio Maroti, doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela UFSCar, é professor do Prodema, com pesquisas relacionadas a Educação e Percepção Ambiental, e integrante da REASE – Rede de Educação Ambiental de Sergipe.
12h45-13h45 – almoço
14h às 16h – Discursos sobre o desenvolvimento sustentável
A multiplicidade de enfoques resultantes das diferentes, e muitas vezes conflitantes, apropriações do conceito de desenvolvimento sustentável surge como reflexo dos interesses dos mais diversos atores sociais. Neste contexto, em que predomina a falta de consenso acerca do seu significado, é necessário discutir a importância das mídias e os desafios aos profissionais de comunicação para enfrentamento das questões aí relacionadas. Afinal, seria esta proposta de desenvolvimento apenas uma utopia ou uma opção necessária e segura para um futuro mais promissor?
Coordenação: Jean Cerqueira
Debatedores:
Viviane Brochardt, coordenadora de comunicação da ASA Brasil- Articulação no Semi-Árido Brasileiro (criada em 1999, que atualmente representa cerca de 700 entidades – entre ONGs de desenvolvimento e ambientalistas, associações de trabalhadores rurais e urbanos), recebeu o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo na categoria Assessoria de Imprensa (2009 e 2008) e o Prêmio Desafio das Águas, nas categorias Assessoria de Imprensa e Radiojornalismo (2008).

Luciana Miranda Costa, jornalista com doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (UFPA), professora adjunta da Faculdade de Comunicação e da Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da UFPA,  onde coordena a Rádio Web (www.radio.ufpa.br); autora do livro “Comunicação & Meio Ambiente: a análise das campanhas de prevenção a incêndios florestais na Amazônia”.
Gabriela Scotto, doutora em Antropologia pelo Museu Nacional da UFRJ, professora professora adjunta do Departamento de Fundamentos de Ciências da Sociedade da UFF / Campos dos Goytacazes, é co-autora do livro “Desenvolvimento sustentável, conceitos fundamentais” e integrante da equipe que elaborou o “Mapa de conflitos envolvendo injustiça ambiental e Saúde no Brasil” – www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br )
Rosemeri Melo e Souza, pós-doutora em Biogeografia pela The University of Queensland (Austrália) e doutora em Desenvolvimento Sustentável pela UnB, é professora associada do Departamento de Geografia da UFS e dos programas de pós-graduação NPGEO e Prodema; autora do livro “Redes de monitoramento socioambiental e tramas da sustentabilidade” (2007) e organizadora de “Território, Planejamento e Sustentabilidade” (2009).
16h-16h20 – intervalo
16h30 às 18h – Ambientalismo, consumismo e marketing verde
Desde os anos 1990, movimentos, ONGs e redes ambientalistas têm utilizado diversas táticas de informação e comunicação para alertar sobre os dilemas socioambientais contemporâneos e sua relação com padrões de “consumo consciente e sustentável”. No entanto, é o chamado “marketing verde” e o discurso empresarial da “responsabilidade socioambiental” que vêm conquistando visibilidade midiática cada vez maior. Quais as principais barreiras que devem ser vencidas para a construção de uma nova consciência ambiental?
Coordenação: Matheus Felizola
Debatedores:
Gino Giacomini Filho, livre-docente em Publicidade pela USP, professor e coordenador do Programa de Mestrado em Comunicação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), onde lidera o grupo de pesquisas Novas Responsabilidades Sociais da Comunicação, e é autor do livro “Meio ambiente e consumismo” (2008).
Fátima Portilho, doutora em Ciências Sociais; professora adjunta do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; líder do grupo de pesquisa Sociedades e Culturas de Consumo; autora do livro “Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania”;  coordenadora do GT Meio Ambiente e Consumo do V Encontro Nacional da Anppas (2010).
Antônio Vital Menezes de Souza, doutor em Educação, é professor do Prodema-UFS, onde ministra a disciplina “Mídia, memória ambiental e interdisciplinaridade” e desenvolve pesquisas
interdisciplinares com ênfase no desenvolvimento regional; é líder do Grupo de Pesquisa em Tecnologias Intelectuais, Mídias e Educação Contemporânea (Seminalis).
15.abril – manhã/ tarde: Apresentação de trabalhos (horários e locais a definir)
 Informações: eica2011.ufs@gmail.com e http://licaufs.blogspot.com

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Rio Earth Summit (1992) - Seven Suzuki´s speech

Solidariedade

CONCURSO DE CARTAS

CONCURSO INTERNACIONAL DE REDAÇÃO DE CARTAS

Correios abrem inscrições



 

Estão abertas desde o último dia 14/02, nos Correios, as inscrições para o 40º Concurso Internacional de Redação de Cartas, promovido pela União Postal Universal (UPU) em mais de 190 países. O tema deste ano é “Imagine que você é uma árvore em uma floresta. Escreva uma carta a alguém para explicar-lhe porque é importante proteger as florestas”.
A redação, escrita de próprio punho, em forma de carta (começar por uma saudação, incluir o endereço do remetente e terminar com uma fórmula de cortesia e assinatura), deve conter o mínimo de 500 e o máximo de 800 palavras.
Podem participar, por meio de suas escolas, estudantes de até 15 anos da rede pública e privada de ensino. As inscrições, que estarão abertas de 14 de fevereiro a 25 de março, só serão aceitas se feitas pelas instituições de ensino. Após seleção interna, cada escola pode inscrever no máximo duas redações.
As redações serão selecionadas de acordo com os seguintes critérios: coerência com o tema proposto; originalidade; criatividade; ideias expressas; vocabulário; compatibilidade entre a idade, grau de maturidade e série cursada pelo aluno.
O objetivo do Concurso é desenvolver a habilidade de composição dos jovens, contribuir para o estreitamento das relações de amizade internacionais e aprimorar a comunicação por meio da escrita, além de viabilizar a interação dos Correios com a comunidade e a prática da responsabilidade social empresarial com foco na educação.

Em 2010, o concurso contou com a participação de mais de seis mil estudantes de 40.885 escolas brasileiras. A vencedora da fase nacional foi a estudante Amanda Caroline Gomes, de Boa Vista, Roraima. O regulamento completo do concurso está disponível na página dos Correios na internet (http://www.correios.com.br/sobreCorreios/educacaoCultura/concursoCartas/default.cfm).

Serviço
40o Concurso Internacional de Redação de Cartas
Tema: “Imagine que você é uma árvore em uma floresta. Escreva uma carta a alguém para explicar-lhe porque é importante proteger as florestas”.
Inscrições: por meio das escolas, de 14 de fevereiro a 25 de março de 2011
As cartas devem ser enviadas para ASCOM/DR/CE, no endereço Rua Senador Alencar, 38 – sala 104 – Centro – 60030-905 - Fortaleza/CE.

 

NÍVEL DA POLÍTICA BRASILEIRA

UM EVENTO HUMANITÁRIO

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

há algo de errado com a política...ou não?

Que belo exemplo governador

22.02.2011| 01:30

Nas últimas semanas fomos brindados com acontecimentos no mínimo bizarros no terreno da gestão pública estadual relacionados ao meio ambiente. As medidas tomadas poderão ter efeitos devastadores para o Ceará e o seu futuro.

No fim de janeiro foi aprovada em sessão extraordinária da
Assembleia Legislativa a muito menos extraordinária Lei 14.882 que dispõe sobre procedimentos simplificados para o licenciamento ambiental de empreendimentos.

A lei cria um foro privilegiado para o Estado no que diz respeito aos procedimentos de licenciamento de projetos de interesse estratégico que sejam indicados pelo governador. Quais seriam esses projetos de interesse estratégico? A medida, além de criar um tratamento especial para o Governo, vai na contramão daquilo que se espera da gestão ambiental do Ceará.

Se o objetivo era combater a morosidade inerente aos processos de licenciamento que são um fato e assim agilizar as obras de interesse do Governo, estaremos simplesmente reduzindo a burocracia para uns e deixando que os outros empreendimentos continuem sofrendo da mesma forma.

O Estado deveria sair na frente e dar o exemplo. Em vez de criar condições favoráveis para si, deveria equipar melhor o órgão responsável pelo licenciamento, a Semace, investindo na sua estrutura e nos seus recursos humanos, oferecendo serviços e atendimento melhores para toda a sociedade.

Essas sugestões foram amplamente recomendadas pela sociedade civil. Os nobres deputados além de não as acatarem não alteraram o texto da lei antes de sua votação. Como se tratava de projeto do Executivo houve pouco questionamento e menos ainda interesse em mexer-se na proposta do governador.

Mais agilidade e transparência nestes processos beneficiaria toda a sociedade de forma democrática e equitativa. Se isso não fosse o suficiente, a lei fere as Constituições Federal e Estadual o que levou o Ministério Público Federal a solicitar uma ação direta de inconstitucionalidade.

Fora isso o Governo também não se importou em cumprir aquilo que já está previsto na legislação ambiental. O Acquario Ceará, obra do atual Governo, questionada por diversas vezes quanto ao seu real impacto para a sociedade, desde o princípio vem cometendo infrações.

O Ministério Público do Ceará entrou com uma ação civil pública pedindo a suspensão da obra pela ausência de licença ambiental, ausência de Estudo e Relatório de Inpacto Ambiental e ausência de audiências públicas de apresentação do projeto a sociedade. Parece que a opinião popular não interessa muito.

Desrespeitar as leis vigentes e criar novas que o favoreçam. Agora é o povo é quem diz: “Dá licença governador, que belo exemplo, hein! Será que só o senhor não quer aprender com a serra fluminense”.

Rodrigo Castro - Secretário executivo da Associação Caatinga, coord. Aliança da Caatinga e empreendedor social Ashoka

REFLITA E TOME POSIÇÃO

RETROCESSO

Em passado recente, após a prisão de gestores dos órgãos ambientais evidenciou-se, no Ceará, a existência de um esquema de facilitação de concessão de licenças ambientais, com indícios de ingerências políticas e econômicas, fraude e corrupção. Apesar da troca de gestão na Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) ter resultado em considerável avanço institucional, tornando os licenciamentos mais técnicos e independentes, setores públicos e privados reclamaram da velocidade do processo, levando o Governo, com a já costumeira submissão do Legislativo, a criar, por lei, dois novos tipos de licenciamentos ambientais.

O primeiro, denominado de simplificado, para empreendimentos que a lei define como detentores de baixo potencial degradador. Este sistema, na verdade, corresponde a uma total ausência de controle ambiental, pois as licenças são emitidas após uma autodeclaração empreendedor, a quem cabe definir a potencialidade lesiva do seu próprio empreendimento. Uma piada de mau gosto.

O segundo, inicia-se com uma declaração do governador Cid Gomes de que um empreendimento é estratégico para o Estado. A partir disto, retira-se do órgão técnico – Semace -, a análise das consequências ambientais desta intervenção, repassando-a para um órgão político (Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente - Conpam) diretamente vinculado ao governador.

Os dois sistemas, juntos, promovem um considerável retrocesso no controle ambiental. A atividade licenciatória da Semace ganhou contornos técnicos bem definidos, tornando-se, cada vez mais, imune a ingerências políticas e econômicas. A nova sistemática inverte a situação, enfraquecendo os mecanismos de controle já existentes, eliminando a análise técnica dos empreendimentos, inserindo uma dose desproporcional de discricionariedade neste tipo de decisão e, o mais sério, evidenciando o que parece ser o verdadeiro objetivo da nova política ambiental do governo, de sobrepor o crescimento econômico à proteção do meio ambiente.

Assim, desconfia-se que o real objetivo destas mudanças não é imprimir celeridade ao processo, mas sim tornar o controle ambiental uma ferramenta meramente formal, sujeita ao poder discricionário do Governo Estadual.

Ao esfacelar toda a estrutura de licenciamentos ambientais disposta em leis federais e nas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a nova lei estadual viola a Constituição Federal e contraria diversas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que reafirmam a impossibilidade de os Estados diminuírem a proteção ambiental conferida pelas normas federais.

Por estas razões, o procurador Geral da República já recebeu, da Procuradoria da República no Ceará, uma representação para ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade da Lei junto ao STF.

Enquanto não resolvida a questão constitucional, a malsinada lei apenas aumenta a litigiosidade do processo de licenciamento, gerando insegurança e retraindo investimentos. O tiro, então, poderá ter saído pela culatra.

Alessander Sales - Procurador da República
 Fonte: www.opovo.com.br

descarte de pilhas

Internet ajuda no descarte de pilhas, baterias, celulares e geladeiras velhas

O Blog Meio Ambiente e Cultura auxilia no melhor caminho para fazer o descarte de pilhas, baterias, celulares, geladeiras em São Paulo, utilizando a internet como uma importante parceira neste processo. 

Em São Paulo, o "e-lixo" já tem destino certo. Muita gente tem pilhas, baterias, celulares, carregadores lotando as gavetas de casa. Sabe que esse "e-lixo" não deve ser jogado no lixo comum, mas não tem informação sobre o que fazer com ele. Veja o serviço que permite aos moradores de São Paulo resolver esse problema em alguns segundos com a ajuda da internet.
Entenda como funciona:
- Conheça o e-lixo.org, o site que ajuda a população de São Paulo a localizar os postos de coleta de lixo eletrônico mais próximos de casa ou do trabalho.

Clique aqui para se informar sobre o trabalho do Cedir, o Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática da USP. O Centro é uma das unidades de reciclagem cadastradas no e-lixo.org e promove também a doação de computadores para projetos sociais

- No site da Indústria Fox você encontra mais informações sobre a primeira fábrica da América Latina a reciclar todos os componentes de geladeiras e freezers.

- Moradores de outras cidades brasileiras também podem tentar encontrar cooperativas de catadores e recicladoras nos bancos de dados dos sites do Cempre e da Recicloteca

Fonte: Globo News

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Consciência ambiental

Cidadania e Meio Ambiente

They Don t Care About Us Brazil Version Michael Jackson legendado em p...

Earth Song - Michael Jackson (Traduzido)

AS CRIANÇAS SABEM DAS COISAS

O PLANETA TERRA
O Planeta Terra está doente
E todo mundo sente
Que o Planeta da gente
Não é mais aquele lugar reluzente.
Os rios estão secando
As árvores acabando
E os pássaros sumindo
Do céu não mais tão lindo.
Os políticos estão sabendo
O que está acontecendo
E todo o tempo ficam dizendo
Que tudo está se resolvendo.
Consciência maior parte da população tem
Só falta alguém para fazer o bem
Pense no futuro que ainda vem.
A Terra não mais recebe
Do amor que precisa
E todo mundo esquece
Que ela é nossa vida.
Camila Lima Pinheiro, 8º Ano. Colégio Lourenço Filho

O MUNDO
O homem está destruindo o mundo.
Para o nosso bem viver,
Mas como vai nos favorecer
Se a natureza vamos perder?
O homem ajudou o humano
Agora ele tem o seu viver
Moradia, comida e emprego
O que mais vou querer?
Mas como vou ficar?
Se para o meu bem-estar
A floresta vou ter que matar
O mundo vai acabar
Se o homem continuar
Maltratando o seu lar.
Mei Li Lui Teixeira, 5º Ano. Colégio Antares

nota: textos publicados no Jornal Diário do Nordeste - COLUNA INFANTIL

CÓDIGO FLORESTAL PARA QUE?

ações contra o aquecimento global

50 ações contra o Aquecimento Global


Mude o Mundo!
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yes, yes, yes!
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Pessoal, compartilho aqui, com todos vocês, uma lista incrível do Fábio Yabiku, do Mude o Mundo, blog de sustentabilidade. Apreciem com carinho, e é claro: boa leitura!
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50 ações contra o Aquecimento Global (informação do Mude o Mundo)
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Traduzidas e adaptadas de GlobalWarmingFacts.info. Como não é muito comum encontrarmos casas com aquecedores no Brasil devido ao nosso clima quente, traduzi apenas as sugestões que podem ser utilizadas efetivamente pela grande maioria da população e fiz as substituições mais próximas à nossa realidade.
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1. Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.
2. Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionado
Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.
3. Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energético
Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).
4. Não deixe seus aparelhos em standby
Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de standby de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.
5. Mude sua geladeira ou freezer de lugar
Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar! Mas isso ninguém mais faz hoje em dia… faz?
6. Descongele geladeiras e freezers antigos… se é que você ainda tem um!
Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.
7. Feche suas panelas enquanto cozinha
Simples, não? Ao fazer isso você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar. Já as panelas de pressão economizam cerca de 70% do gás utilizado!
8. Use a máquina de lavar roupas/louça só quando estiverem cheias
Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.
9. Tome banho de chuveiro
E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.
10. Use menos água quente
Aquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria.
11. Pendure ao invés de usar a secadora
Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.
12. Nunca é demais lembrar: recicle
Recicle no trabalho e em casa. Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Existem vários na rede Pão de Açúcar. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).
13. Faça compostagem
Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.
14. Reduza o uso de embalagens
Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.
15. Compre papel reciclado
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.
16. Utilize uma sacola para as compras
Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.
17. Plante uma árvore
Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde.
18. Compre alimentos produzidos na sua região
Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.
19. Compre alimentos frescos ao invés de congelados
Comida congelada consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena.
20. Compre orgânicos
Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura “tradicional”? Se toda a produção de soja e milho dos EUA fosse orgânica, cerca de 240 bilhões de quilos de gás carbônico seriam removidos da atmosfera. Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo.
21. Coma menos carne
O metano, emitido por bois e vacas é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Além disso, a produção de carne demanda uma quantidade enorme de água e terras. Confira alguns posts sobre o assunto aqui.
22. Ande menos de carro
Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.
23. Não deixe o bagageiro vazio em cima do carro
Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro vazio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.
24. Mantenha seu carro regulado
Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.
25. Dirija com atenção e não desperdice combustível
Escolha as marchas corretas, utilize o freio de mão ao invés do pedal quando possível, desligue o carro quando ele ficar mais de 1 minuto parado. Dessa forma, você economiza dinheiro, combustível e o meio-ambiente.
26. Lave o carro a seco
Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.
27. Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluente
Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos.
28. Use o telefone ou a Internet
A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou skype pode poupar você de stress, além de economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera.
29. Voe menos
Deixar de pegar um avião apenas uma ou duas vezes por ano faz uma diferença significativa para a atmosfera. Se você não pode se dar esse luxo, que tal neutralizar suas emissões? Você pode fazer o cálculo aqui.
30. Incentive sua escola, trabalho ou condomínio a reduzir suas emissões
Você pode se tornar um agente de grandes mudanças se, além de reduzir suas emissões também estimular seus amigos a fazer o mesmo.
31. Economize CDs e DVDs
CDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos)?
Utilize mídias regraváveis, como CD-RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.
32. Proteja as florestas
Por anos os ambientalistas foram vistos como “eco-chatos”. Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.
33. Considere o impacto de seus investimentos
O dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.
34. Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata
Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro alardeada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?
35. Desligue o computador
Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo e o monitor por até quinze minutos.
36. Considere trocar seu monitor
O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.
37. Não troque o seu iPod ou celular
Pelo menos enquanto estiverem em bom estado. Se o problema é a bateria, considere trocá-la e descartá-la adequadamente, encaminhando-a a postos de coleta. Gadgets como iPods e celulares trouxeram muita comodidade à nossa vida, mas utilizam de derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Além disso, na enorme maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento.
Utilize seus gadgets até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos.
38. No escritório, desligue o ar condicionado uma hora antes do final do expediente
Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que equivale a quase um mês de economia no final do ano. Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena.
39. Não permita que as crianças brinquem com água
Banho de mangueira, guerrinha de bambuchas e toda sorte de brincadeiras com água são sem dúvida divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso.
40. No hotel, economize toalhas
Em alguns hotéis, o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia.
41. Participe de ações virtuais
A Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e aja!
42. Instale uma válvula na sua descarga
Instale uma válvula para regular a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1!
43. Economize água em suas viagens
A distribuição de água no mundo é extremamente irregular. Em algumas regiões da África é necessário caminhar por mais de dois quilômetros para se encontrar água. O Brasil, que possui um dos maiores reservatórios do mundo, tem um nordeste agonizante pela seca e pela pobreza. Ao viajar para regiões onde a água é escassa, economize mais ainda.
44. Recicle árvores e cartões de Natal
Todos os anos, toneladas de árvores de madeira ou de plástico são jogadas no lixo, sem contar os inúmeros cartões de natal e caixas de presentes. Incorpore o espírito do natal e reaproveite tudo o que puder no ano seguinte, para que todos sempre tenham um feliz ano novo.
45. Não peça comida para viagem
Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.
46. Regue as plantas à noite
Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas.
47. Frequente restaurantes naturais/orgânicos
Com o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma gama enorme de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e assim estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente.
48. Vá de escada
Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia. Se você vai de elevador, a boa-educação manda que você espere quem ainda está chegando, certo?
49. Faça sua voz ser ouvida pelos seus representantes
Use a Internet, cartas ou telefone para falar com os seus representantes em sua cidade, estado e país. Mobilize-se e certifique-se de que os seus interesses – e de todo o planeta – sejam atendidos.
50. Divulgue essa lista!
Envie essa lista por e-mail para seus amigos, divulgue o link do post no seu blog ou orkut, reproduza-a livremente, e, quando possível, cite a fonte. O Mude o Mundo (e o Diário do Verde) agradece, e o planeta também! :)

Original: http://diariodoverde.blogspot.com/2009/10/50-acoes-contra-o-aquecimento-global.html#ixzz1ESEXA43W
Diário do Verde - Meio Ambiente em 1° Lugar!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

REFLEXÃO AMBIENTAL

Praia sem futuro


Irlane Maria
irlanemaria@gmail.com

O que é responsabilidade social?! Eu também deixei de saber a partir do momento em que temos praias tão poluídas que um banho pode produzir alterações imunológicas no organismo desprevenido. Sim, porque a imunidade não é adquirida pelos não frequentadores da “Praia Sem Futuro”, assim denominada por mim há bastante tempo, por nunca gostar de estar naquela praia, a conhecida Praia do Futuro.

Desculpem-me o trocadilho sem graça, mas é que a situação atual daquela praia é preocupante. As pessoas que estão acostumadas a tomar banho no local, já conseguiram garantir a imunidade orgânica necessária para resistir aos ataques dos coliformes fecais que passeiam 24h por dia na areia e na água da praia. Pessoas de outras localidades bem distantes, vêm até aqui para conhecer a praia afamada pela mídia e publicidade das agências de turismo e nós os recebemos despejando-lhes fezes em suas entranhas. Tudo bem, temos uma população deseducada para exigir dos órgãos públicos e de si mesma, mais cuidado, zelo, proteção, amor ao que é dela própria sem pagar quase nada, uma vez que Deus nos presenteou com toda a natureza e seus recursos e o homem cuidou de providenciar os devidos encargos e tarifas.

Mas voltando à pergunta inicial: o que é responsabilidade social?! É, primeiramente, ocupar-se em preservar o que temos: nossas reservas naturais, nossos ambientes naturais, nosso ecossistema, nossa vida... sem a natureza, nada somos, pois nossa casa - a Terra - irá se dissipar à medida que formos irresponsáveis no seu trato, à medida que formos incoerentes com a nossa identidade cultural que é a identidade planetária. Não é à toa que estamos passando e vivenciando tantos desastres ambientais. A vida está nos cobrando responsabilidade(s). Se não temos responsabilidade em não jogar um papelzinho na rua que irá ajudar a entupir o bueiro, se não temos responsabilidade em passear com o nosso cachorrinho e não juntar a caca que ele faz e, se não temos a responsabilidade de não jogar objetos não utilizáveis na areia da nossa praia, então vamos ter responsabilidade com o quê?! Nossos filhos?! De jeito nenhum, pois somos exemplos vivos de tudo o que fazemos e os nossos filhos não são cegos, muito pelo contrário veem além do que percebemos, mas são criaturinhas ainda frágeis e em formação, portanto, irão assimilar tudo o que fizermos. E o que estamos fazendo está longe de ser responsabilidade social.

Parem pra pensar... pensem muito bem... olhem que esse dia já chegou: o da sua responsabilidade consigo mesmo, com o outro, com a vida!

PARA REFLETIR

CHUVAS E CRISE ECOLÓGICA 

Paulo Roberto Lessa

Os alguns estados sofreram intempéries como chuvas torrenciais e enchentes.

Alguns cientistas já concordam que o aquecimento global e a crise ecológica têm

relação com as mudanças climáticas que assolam o mundo. É hora de parar para refletir sobre como está o mundo em que vivemos e qual é o mundo que desejamos para nós e nossos filhos.

Temos que mudar! O homem está destruindo e queimando o planeta Terra, sua casa, que levou milhões de anos para ser o que é hoje. Será que somos tão insensíveis que não percebemos algo de errado?

A Terra necessita de restauração!

Que os homens sábios do planeta se unam para recriar uma mudança no pensamento devastador neoliberal, que visa o lucro como fim e menospreza o ser humano e a natureza, que são o mais importante.

Vamos rever a s nossas metas e colocar a vida antes de tudo.Assim talvez a fúria da natureza possa ser aplacada e voltemos a ter vida em abundância.
 
FONTE: JORNAL DO LEITOR -  O POVO

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

IMAGENS PARA SUA REFLEXÃO



O MAIS GRAVE, É QUE A MAIORIA NÃO ACREDITA...



                                                          ATENÇÃO:

EM ALGUNS LUGARES ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS

World Water Crisis  book Blue   Planet Run safe drinking water     to the one billion people who lack it
Deli, Índia. Todos querem, apenas, um pouco de água...

World Water Crisis  book Blue   Planet Run safe drinking water     to the one billion people who lack it
Dois  Sudaneses bebem água dos pântanos, com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim,
com filtro para filtrar as larvas flutuantes, responsáveis pela enfermidade da lombriga da Guiné.
O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.  
World Water Crisis  book Blue   Planet Run safe drinking water     to the one billion people who lack it
Os glaciares que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume,
no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esqui do glaciar de Pitztal, na Áustria, cobrem o glaciar
com uma manta especial para proteger a neve e retardar o seu derretimento, durante os meses de Verão...
World Water Crisis  book Blue   Planet Run safe drinking water     to the one billion people who lack it
As águas do delta do rio Níger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.
World Water Crisis  book Blue   Planet Run safe drinking water     to the one billion people who lack it
Água suja em torneiras residenciais, devido ao avanço
indiscriminado do desenvolvimento.
World Water Crisis  book Blue   Planet Run safe drinking water     to the one billion people who lack it
Aldeões na ilha de Coronilla, Quénia, cavam poços profundos em busca
do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra.  


World Water Crisis  book Blue   Planet Run safe drinking water     to the one billion people who lack it
Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, agora é um cemitério poeirento
de embarcações que nunca mais zarparão...

VALORIZE A ÁGUA!
EM ALGUNS LUGARES, ELA NÃO EXISTE MAIS...
 
 Isto tem que ser enviado a todos ...

PARA REFLETIR E AGIR

MEIO AMBIENTE: E EU COM ISSO?

Francisco Djacyr Silva de SouzaFrancisco Djacyr Silva de Souza
djacyrsouza@gmail.com
caosnaeducacao.blogspot.com.br
Publicado em
2010-01-07
Esta talvez seja a pergunta que poderíamos fazer no caso de não estarmos inteirados com os problemas ambientais que nos cercam, porém hoje é impossível que tal pergunta seja feita uma vez que os dilemas ambientais da atualidade vem sendo objeto de todos os tipos de discussão , análise e fazem parte dos noticiários de rádio , televisão e jornais de todo mundo. A problemática ambiental moderna ameaça o futuro de toda a humanidade e precisa urgentemente de medidas fortes em termos de legislação, fiscalização e, sobretudo, de processos educativos no sentido de mudar as atitudes da sociedade perante a situação sócioambiental de seu local de vivência. A urgência das ações em prol da natureza é premente e precisa de um processo permamente de discussões, engajamentos e muita consciência em prol da vida de todos os seres que estão navegando na grande nave – terra. A busca por um processo de ética ambiental é uma situação que se configura como missão de todos os indivíduos a medida que cresce o temor e se concretizam as previsões sobre a situação ambiental insustentável do planeta.
Não podemos esperar pelos governantes nem pelas grandes corporações , pois os interesses econômicos e políticos sempre tem colocado o povo fora das discussões e das ações e planejamentos desencadeados. Os problemas ambientais que hoje vem atingindo nosso mundo tem grande relação com o modelo econômico posto em prática e tem raízes fortes na ânsia por riqueza que vem sendo praticada pelos mundo econômico hoje em vigor. É preciso que sejam criados mecanismos de educação de nosso povo não só no conhecimento da natureza e de sua dinâmica como também no reconhecimento do papel do sistema e da geração de problemas ambientais que põem em perigo a vida de todos que ora vivem neste mundo. A problemática ambiental que ora vivenciamos tem que ser combatida com muita educação, com debates , com questionamentos e com a concretização de um processo de alfabetização ecológica de todos os setores da sociedade mundial.
Temos urgentemente de questionar o modelo predatório de desenvolvimento que vem sendo posto em prática pelos governantes e pelo mundo empresarial que visa apenas lucro. É preciso refletir sobre o modelo de desenvolvimento que queremos e que tipo de vida teremos no planeta pois a depredação e utilização desenfreada dos recursos do planeta ameaça a vida e todos que fazem parte de nosso mundo. Temos que urgentemente nos educar para um entendimento dos processos econômicos e seus reflexos ambientais para questionar o modelo econômico em vigor e nos engajar crescentemente na luta ambiental participando ativamente dos protestos, das discussões e das lutas ecológicas dos povos que vivem neste planeta. É urgente discutir a necessidade de um mundo saudável , com justiça social, com avanço dos ideais de solidariedade e com criação de propostas de ética e cidadania ambiental que atinjam a todos os indivíduos. É preciso corrigir a situação social do mundo em que vivemos e buscar uma sociedade sem desigualdades , sem agressões ambientais e alicerçada na construção de um mundo melhor para todos indistintamente.
O incentivo a construção da Educação Ambiental em todos os segmentos da sociedade é uma tarefa que deve ser perseguida por todos os indivíduos e tem de ser instrumentalizada pelos governantes que tem que incluir em seus projetos governamentais mecanismos firmes e eficazes de formação do povo na busca por um ambiente ecologicamente justo. Na luta pela concretização da Educação Ambiental é preciso que cada cidadão seja um agente firme de discussão, de crítica e de formação plena que envolva novas visões de sociedade, de natureza e de educação. Para um processo de concretização da Educação Ambiental realmente eficaz é preciso questionar o modelo de educação que temos e lutar firmemente pela dignidade dos homens dentro e fora da escola. A Educação Ambiental é um dos fatores fundamentais para mudança da sociedade e da escola no sentido de questionar os modelos educacionais vigentes que hoje tem preocupação apenas conteudística sem formação de valores. A escola é um elemento a mais no processo de conscientização ambiental, porém deve também ser questionada e modificada para formação de cidadãos críticos , conscientes e, sobretudo comprometidos com a construção do respeito a todos aqueles que nos cercam.
Não podemos aceitar o individualismo nem vislumbrar passivamente um modelo de sociedade predadora , egoísta e sem noções de respeito ao ambiente e aos seres humanos. Precisamos mudar nossa sociedade para que mude a educação, as pessoas e busquemos sempre um mundo melhor, mais solidário e ético em todos os sentidos. A missão de alcançar um ambiente saudável é urgente e precisa de engajamento de todos os seres que habitam no planeta para entendermos que a terra é nossa casa e precisa de respeito, consideração e cidadania em busca de um mundo melhor para todos que aqui vivem. Sobre o Autor
professor, mestre em educaçao, escritor do livro PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE UMA AÇÃO DE CIDADANIA.Estou no twitter. twitter.com./PROFDJACYR, mantenho ação nos blogs aprendizesdanatureza.blogspot.com, caosnaeducacao.blogspot.com e radiouivintes.blogspot.com
Estou aberto para debates, seminários e palestras dentro da temática meio - ambiente, educação e cultura em geral.
Entre em contato pelo e - mail djacyrsouza@gmail.com

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ELES QUEREM DESTRUIR A NATUREZA

A montanha foi a Maomé: se a “frente popular” que apoia o governo na Assembleia Legislativa fechou os olhos para os danos que viriam com a nova lei de concessão de licenças ambientais, O Ministério Público Federal não.

O caso já foi encaminhado ao Procurador geral da República para uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a aplicação do “monstrinho” – um abre alas para toda sorte de abusos em prejuízo do meio ambiente.

Fora do (nunca antes tão amplo) círculo do poder, o entendimento é consensual: a lei aprovada pela obsequiosa bancada da “frente popular” se sobrepõe à legislação federal que trata de concessão para licença ambiental.

O que Cid Gomes fez se passar por um “licenciamento simplificado” é, de fato, licenciamento nenhum, pois se dá por autodeclaração do executor, sem o necessário ato de verificação e controle dos órgãos responsáveis.

É alvar: nenhum artifício deveria superar a imposição legal de observação prévia das condições ambientais em que se pretende realizar a obra. Afinal, que prefeitura declararia a si mesma impossibilitada de cumprir as normas?

Mas vá dizer isso lá aos deputados governistas e ouvirá: “esqueça, aquelas bravatas eram coisas de oposição”. Não. O apoio político não deveria ir além da identidade partidária. Isso aí tem outro nome. Eles sabem qual.

Ricardo Alcântara,
Publicitário e poeta.

Veja

De onde a água chega na sua torneira?

Nas cidades, ela é geralmente segura

Apenas 3% da água da terra é doce, ou não salina. Desta água não salina, 31% é acessível como água fresca de superfície. Para cada cinco litros de água fresca de superfície, há outros 150 que ficam sob o solo. E esta é a fonte primária da água das cidades.

A água é mantida em reservatórios subterrâneos chamados aquíferos. Para chegar aos aquíferos, ela passa através da atmosfera, onde se dissolve e coleta gases atmosféricos como nitrogênio, carbono e dióxido de enxofre. Quando cai na superfície como chuva, ela é ligeiramente ácida, com índice de PH pouco abaixo de 7.

A água então passa por camadas de solo de superfície, argila, areia, cascalho, e outros materiais porosos. Ao passar por estas camadas, ela é filtrada, impedindo que leve para o subsolo a maior parte das impurezas de superfície. No entanto, ela leva consigo minúsculas quantidades de esporos bacterianos.

Ao mesmo tempo, por ser ácida, a água dissolve minerais e os leva para os aquíferos. Enquanto permanece no aquífero, a água continua a dissolver minerais até chegar a um equilíbrio entre os minerais e seu PH, ou teor de acidez. Estas minerais podem ser tóxicos e incluir metais pesados.

Como sementes microscópicas, os pequenos esporos se abrem e se transformam em bactérias vivas. Os minerais na água agem como nutrientes para diversos tipos de bactérias e permitem que suas populações se multipliquem. Estas bactérias podem incluir pseudomonas, flavobacterium e acinetobacter.

Como já foi mencionado, os humanos extraem esta água do solo e a consomem como água potável. Se a água for consumida sem tratamento, as bactérias entram em seus corpos como patógenos. Para a maioria das pessoas, os anticorpos destróem as bactérias. Mas para um segmento pequeno, mas notável da população, estes patógenos representam um risco de doença.

Para proteger estas pessoas, as cidades usam agentes químicos como cloro ou produtos baseados nele para matar as bactérias. Além disso, quando existem níveis não seguros de minerais tóxicos, eles são agrupados reunindo-os em moléculas maiores, que são então filtradas. Estes processos de tratamento reduzem o risco de doença e consumo de minerais tóxicos, tornando a água segura, explica o Environmental Graffiti.

Ao fazer testes em suas estações de água, as cidades encontram uma taxa de conformidade de mais de 90%. Assim, a vasta maioria da água consumida das torneiras de países desenvolvidos é segura (mas o mesmo ocorre também, no caso do Brasil, em parte substancial de suas cidades). Então, se você mora em uma cidade onde a água é segura, por que consumir água engarrafada? 
Fonte: www.planetasustentavel.org.br

PARA REPENSAR NOSSA AÇÃO.

Embaixador defende mobilização da sociedade em busca do desenvolvimento sustentável

"Não haverá sucesso no debate continental sobre meio ambiente enquanto existir a miséria"
17.02.2011| 14:17

O embaixador Luiz Figueiredo, diretor do Departamento do Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, chamou a atenção para o desafio do Brasil de desempenhar um papel de destaque na área de meio ambiente, visando ao desenvolvimento sustentável, com soluções de ordem econômica e social. Segundo ele, o mundo sempre espera do país "soluções criativas para tudo".

O embaixador participou nesta quinta-feira, 17, de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) sobre a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, marcada para 2012, no Brasil.
 
O evento será realizado 20 anos depois da Conferência Rio 92, sobre o clima, que, de acordo com Figueiredo "trouxe muito aprendizado". O embaixador diz que "o olhar inovador que se espera do país" só pode ser construído em um contexto de mobilização da sociedade nessa direção. Ele destacou que o encontro não terá especificamente caráter ambiental, mas pretende analisar o desenvolvimento sustentável.
 
Para o cientista político Murillo de Aragão, membro do CDES, é um desafio conciliar a questão econômica, com a social e a ambiental. "Não há um pensamento denso na sociedade, uma mentalidade educacional voltada o meio ambiente". Segundo ele, 80% do alumínio usado no Brasil para fabricar latas de bebidas são reciclados e isso não ocorre para preservar o meio ambiente, mas porque a coleta desse material tem fins econômicos. Enquanto isso, garrafas PET são jogadas na rua sem preocupação com as consequências, ressaltou.
 
Na avaliação de Alberto Broch, representante dos trabalhadores no conselho, o país não quer "uma economia verde com exploração e trabalho escravo". Ele entende que "não haverá sucesso no debate continental sobre meio ambiente enquanto existir a miséria".
 
“É preciso discutir o padrão tecnológico que se usa para a produção de alimentos, para saber se é sustentável e qual o modelo de produção que devemos utilizar para que a atividade seja sustentável", defendeu Broch

REFLITA E TOME POSIÇÃO

MUDAR OU MORRER Novo!

Francisco Djacyr Silva de SouzaFrancisco Djacyr Silva de Souza
djacyrsouza@gmail.com
caosnaeducacao.blogspot.com.br

Publicado em
2011-02-14
Diante de grandes catástrofes ambientais provocadas pela falta de conhecimento e de conscientização ambiental dos membros de nossa sociedade verificamos que é preciso efetivar com urgência medidas de conscientização ambiental em todos os setores da vida moderna, pois os efeitos da má utilização dos recursos naturais pelo homem estão acontecendo a todo o momento e a culpabilização da natureza não é medida correta quando vemos que o processo de crescimento econômico sem visão ambiental não tem surtido efeitos no mundo em que vivemos e é cada vez mais comum a mudança da natureza com reflexos que provocam prejuízos à maioria da população. O pensamento ambiental precisa ser objeto de ação e não de poesia e efemeridades, pois se não tomarmos posição diante das agressões ambientais veremos em breve uma destruição sem precedentes em nosso planeta e a possível erradicação da vida humana, pois o planeta certamente vai continuar em função de seu constante processo de adaptação.
Os gritos de alerta vem sendo dados, mas há um imediatismo na cabeça das grandes corporações que parece vedar os olhos dos grandes incorporadores , empresários e até membros do governo que só vêem os recursos naturais como fontes de lucro e não se interessam pelo futuro do planeta nem pela sobrevivência dos que nele habitam. Não podemos continuar numa atitude de depredação em nome do suposto desenvolvimento a todo custo. Os discursos ecológicos e as comprovações do que vem sendo feito com nosso planeta não podem ser desprezados no momento em que vemos pessoas inocentes sendo mortas pela insanidade de um processo de desenvolvimento a qualquer custo que não procura repartir os bens adquiridos e acaba promovendo calamidades que às vezes atingem principalmente a quem não tem acesso às benesses do suposto desenvolvimento.
As atitudes de mudança são necessárias neste momento , pois os avisos vem sendo dados pela natureza a todo momento e as questões ambientais não são visões românticas nem propósitos de atrapalhar o crescimento econômico, mas revestem – se em compromissos éticos com um mundo melhor, mais justo e mais igualitário. O poder econômico não pode ser tão insano, temos que reverter o quadro de depredação do planeta através de atitudes simples do dia – a – dia na redução do consumo, na busca por produtos ecologicamente justos, na escolha de nosso modelo de desenvolvimento e na fiscalização das ações governamentais e privadas de utilização dos recursos do planeta.
A Educação Ambiental deve ser meta firme nas políticas governamentais, pois grande parte dos problemas está fincada na falta de conscientização pública em relação ao ambiente e aos propósitos da justiça ambiental e da construção de um processo de cidadania ambiental em todos os segmentos da nossa sociedade. É urgente que façamos uma revisão de nossos hábitos e uma compreensão dos atuais modelos de desenvolvimento que provocam reflexos ambientais catastróficos e cultivam muita injustiça social que fazem com que nosso povo tenha de amargar a vida em locais inóspitos e que geram conseqüências já constatadas em notícias sobre destruição , medo e mortes em função da ocupação indevida.
A prática da Educação Ambiental requer a conscientização crítica sobre o modelo econômico em vigor e seu papel na degradação ambiental além de uma firme base teórica sobre da dinâmica da natureza e uma ação formal e informal de conhecimento em busca de um mundo que seja saudável para todos e sem agressões ambientais que certamente não são boas para ninguém. A visão de sustentabilidade deve ser debatida em todos os locais de nossa sociedade para que todos tenham acesso ao conhecimento sobre natureza, ocupação humana e papel de cada um na redução dos graves problemas ambientais a que estamos sujeitos. A hora não é de discurso, nem de reflexão meramente teórica e sim de ação , pois o planeta está sufocado e os reflexos estão aí cabendo a todos nós a reversão da situação para o bem de todos e para um mundo melhor. Sobre o Autor
professor, mestre em educaçao, escritor do livro PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE UMA AÇÃO DE CIDADANIA.Estou no twitter. twitter.com./PROFDJACYR, mantenho ação nos blogs aprendizesdanatureza.blogspot.com, caosnaeducacao.blogspot.com e radiouivintes.blogspot.com
Estou aberto para debates, seminários e palestras dentro da temática meio - ambiente, educação e cultura em geral.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

IRMÂ DOROTHY STANG

15.02.11 - Brasil
Homilia. Sexto aniversário do assassinato de Irmã Dorothy Mae Stang, NDdN

Dom Erwin Krautler
Bispo do Xingu e Presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
Adital
"Sabemos que toda a criação geme" (Ro 8,22)
"Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!" (Lc 12,49)

Sexto aniversário do assassinato de Irmã Dorothy Mae Stang, NDdN

Irmãs e irmãos em Jesus Cristo,
querido povo de Deus de Anapu e da Transamazônica,

No dia 12 de fevereiro de 2005 o batismo na água e no Espírito Santo (cfr. At 1,5) de Irmã Dorothy Mae Stang e sua consagração a Deus como religiosa culminaram em seu batismo de fogo e de sangue. As fotos da irmã estendida na estrada nos mostram como o sangue que se esvaiu das perfurações mortíferas impregnou a terra do PDS "Esperança". Irmã Dorothy completou sua vida dedicada aos pobres e à Amazônia numa última e total doação. A vida lhe foi tirada pelos adversários dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS). Completou na sua carne "o que falta às tribulações de Cristo" (Col 1,24). Associou-se ao Sangue do Senhor, símbolo e realidade de seu amor levado até ao extremo.

"Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Um batismo eu devo receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra" (Lc 12,49-50).

Ao celebrarmos hoje o aniversário do assassinato, creio que não haja melhor referência bíblica para compreendermos a missão e o martírio de nossa Irmã. Os dois versículos do Evangelho de São Lucas nos remetem à VI Assembléia do Povo de Deus no Xingu realizada em novembro de 2009. Foi o lema daquele grande encontro que reuniu representantes de toda a Prelazia para elaborarmos as linhas e diretrizes que orientam nossa ação evangelizadora e pastoral até 2014. Irmã Dorothy, sempre participou de nossas assembléias. Assim a carta dirigida a todos os irmãos e irmãs que caminham conosco no Xingu não deixa de ser um reflexo de sua convicção: "Queremos ser uma Igreja engajada na construção do Reino de Deus, uma Igreja samaritana que abre seu coração aos que sofrem, mas também uma Igreja profética que denuncia com vigor as agressões e o desrespeito à dignidade e aos direitos humanos e se opõe a projetos e programas que destroem o lar que Deus criou para todos os povos."

A preocupação com a dignidade e os direitos humanos sempre norteou nosso engajamento em nome do Evangelho. Entendemos que a luta em favor da vida dos povos desta região nunca poderá ser separada da defesa da Amazônia como um todo: suas florestas, suas águas, sua maravilhosa biodiversidade, pois essa Amazônia é a garantia da sobrevivência física e cultural dos povos que nela habitam. Temos certeza de que o cuidado, o zelo com a dádiva divina da Criação faz parte do anúncio e do testemunho do Evangelho. Já em 1990 os bispos do Pará e Amapá deploraram "a sangria da Amazônia" que "já chega ao extremo e a criação de Deus geme no estertor da morte". Alertaram que os males que afligem a região podem redundar em um irremediável desastre ecológico com conseqüências que se tornam "catastróficas para todo o ecossistema e ultrapassam, sem dúvida, as fronteiras do Brasil e do Continente"(1).

Em setembro de 2007 os bispos de toda a Amazônia Brasileira se reuniram em Manaus e mais uma vez vieram a público com um documento que se baseia na primeira leitura desta celebração: "A criação espera ser libertada da escravidão da corrupção, em vista da liberdade que é a glória dos filhos e das filhas de Deus. Com efeito, sabemos que toda a criação geme até o presente" (Ro 8,21-22). Os pastores da Amazônia lamentam que "um suposto 'desenvolvimento para a Amazônia' têm gerado devastação das florestas, exploração dos seus recursos naturais, sem avaliar as consequências. É um processo de desenvolvimento que oprime a natureza e os seres humanos, pois está fundado sobre a perspectiva economicista, ligada ao lucro acima de tudo, sem responsabilidade social e ecológica. (...) A salvação da humanidade inclui a salvação do mundo criado. Isso significa pensar e agir por um desenvolvimento adequado e participativo de todos"(2).

Estamos hoje congregados aqui, não apenas para recordar a Irmã que barbaramente foi tirada de nosso convívio e agradecer-lhe a coragem com que sempre defendeu a Amazônia e seus povos. O principal motivo de estarmos celebrando o Sexto Aniversário de sua morte é pedir as graças de Deus para continuarmos firmes e corajosos na luta por um mundo em que reinam a justiça e a paz e se respeite o meio-ambiente. Queremos também avaliar o presente momento e nos perguntar como ficou o legado que Irmã Dorothy deixou para todos nós. Guardo comigo a última entrevista que ela concedeu a um jornalista em 2 de fevereiro de 2005, exatos 10 dias antes de ser assassinada. Dorothy confessou naquele último colóquio com a mídia: "O nosso povo anda muito angustiado (...). Os fazendeiros e os madeireiros estão com vários pistoleiros espalhados pelo PDS. Eles invadem os lotes, apontam armas e ameaçam matar o nosso povo (...) É um sofrimento muito grande. Eu acredito muito em Deus e sei que ele está comigo. Mas prefiro falar de vida e não de morte. O nosso povo tem um projeto de uma vida melhor com o PDS. Não tenho tempo de pensar em coisa ruim. Mas, se eles me matarem, eu gostaria de ser enterrada em Anapu, junto daquele povo humilde. O Pará é a minha terra."

Seis anos se passaram desde que Irmã Dorothy, através dos meios de comunicação dirigiu estas suas últimas palavras ao mundo. Pergunto-me hoje: O que realmente mudou? Qual é a realidade que as famílias assentadas no PDS estão vivendo? Uma coisa eu sei: elas continuam angustiadas. Mas o pior sofrimento é darmo-nos conta de que muitas pessoas que, quando Dorothy estava viva, apoiaram sua luta em favor dos pequenos, em favor do povo dos PDS, hoje não andam mais conosco. Pelo contrário, encontram-se do lado oposto. Para defender interesses particulares ou de um grupo tentam matar o sonho da Irmã Dorothy e não hesitam em trair os ideais pelos quais ela derramou o seu sangue.

"Sabemos que toda a criação geme"
"Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!"

Não é o fogo das queimadas!
É o fogo que faz arder o nosso coração para zelarmos pela dádiva divina da criação e, em nome de Deus, defendermos os direitos e a dignidade dos povos da Amazônia. Amém.

Anapu, 12 de fevereiro de 2011

Erwin Kräutler
Bispo do Xingu

Notas:

(1) Encontro dos bispos da Amazônia, Icoaraci 1990, Documento "Em defesa da Vida na Amazônia".
(2) Manaus 2007, "Discípulos Missionários na Amazônia", 28-29.