sábado, 26 de fevereiro de 2011

UMA DISCUSSÃO SOBRE QUALIDADE DE VIDA

QUALIDADE DE VIDA 

Publicado em
2011-02-25
Quero agradecer mais uma vez a todos os leitores pelos e-mails e pelo prestígio aos artigos “Formas de Dominação Subconscientes, Como Erradicar a Pobreza no Mundo e Segredos da Mente do Homem” principalmente, que estão entre um dos mais lidos deste site e estão sendo reproduzido por vários outros. Acredito que isso se deve ao conceito de escrita deles, que visam o desenvolvimento de si próprio e o fator social, o que acredito serem um dos grandes anseios das pessoas em nossos dias. Agora vou compartilhar em poucas palavras nesse artigo como ter qualidade de vida e que aspectos precisam ser levados em conta que que ela possa existir.
A expressão qualidade de vida foi empregada pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson em 1964 ao declarar que "os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas." O interesse em conceitos como "padrão de vida" e "qualidade de vida" foi inicialmente partilhado por cientistas sociais, filósofos e políticos. O crescente desenvolvimento tecnológico da Medicina e ciências afins trouxe como uma consequência negativa a sua progressiva desumanização. Assim, a preocupação com o conceito de "qualidade de vida" refere-se a um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida.
Assim, a avaliação da qualidade de vida foi acrescentada nos ensaios clínicos randomizados como a terceira dimensão a ser avaliada, além da eficácia (modificação da doença pelo efeito da droga) e da segurança (reação adversa a drogas) (BECH,1995). A oncologia foi a especialidade que, por excelência, se viu confrontada com a necessidade de avaliar as condições de vida dos pacientes que tinham sua sobrevida aumentada com os tratamentos propostos (KATSCNIG, 1997), já que muitas vezes na busca de acrescentar "anos à vida" era deixado de lado a necessidade de acrescentar "vida aos anos".
O termo qualidade de vida como vem sendo aplicado na literatura médica não parece ter um único significado (GILL e FEINSTEIN, 1994). "Condições de saúde", 'funcionamento social" e "qualidade de vida" tem sidos usados como sinônimos (GUYATT e cols.) e a própria definição de qualidade de vida não consta na maioria dos artigos que utilizam ou propõe instrumentos para sua avaliação (GILL e FEINSTEIN, 1994). Qualidade de vida relacionada com a saúde ("Health-related quality of life" ) e Estado subjetivo de saúde ("Subjective health status") são conceitos afins centrados na avaliação subjetiva do paciente, mas necessariamente ligados ao impacto do estado de saúde sobre a capacidade do indivíduo viver plenamente. BULLINGER e cols. (1993) consideram que o termo qualidade de vida é mais geral e inclui uma variedade potencial maior de condições que podem afetar a percepção do indivíduo, seus sentimentos e comportamentos relacionados com o seu funcionamento diário, incluindo, mas não se limitando, à sua condição de saúde e às intervenções médicas.
Instrumentos de Medida de Qualidade de Vida
Houve na última década uma proliferação de instrumentos de avaliação de qualidade de vida e afins, com um crescente interesse em traduzi-los para aplicação em outras culturas. A aplicação transcultural através da tradução de qualquer instrumento de avaliação é um tema controverso. Alguns autores criticam a possibilidade de que o conceito de qualidade de vida possa ser não-ligado a cultura (FOX-RUSHBY e PARKER, 1995). Por outro lado, em um nível abstrato, alguns autores tem considerado que existe um "universal cultural" de qualidade de vida, isto é, que independente de nação, cultura ou época, é importante que as pessoas se sintam bem psicologicamente, possuam boas condições físicas e sintam-se socialmente integradas e funcionalmente competentes (BULLINGER, 1993).
A busca de um instrumento que avaliasse qualidade de vida dentro de uma perspectiva genuinamente internacional fez com que a Organização Mundial da Saúde organizasse um projeto colaborativo multicêntrico. O resultado deste projeto foi a elaboração do WHOQOL-100, um instrumento de avaliação de qualidade de vida composto por 100 itens, que são os que caracterizam a qualidade de vida nas pessoas:

Domínio I - Domínio físico

1. Dor e desconforto
2. Energia e fadiga
3. Sono e repouso
Domínio II - Domínio psicológico
4. Sentimentos positivos
5. Pensar, aprender, memória e concentração
6. Autoestima
7. Imagem corporal e aparência
8. Sentimentos negativos
Domínio III - Nível de Independência
9. Mobilidade
10. Atividades da vida cotidiana
11. Dependência de medicação ou de tratamentos
12. Capacidade de trabalho
Domínio IV - Relações sociais
13. Relações pessoais
14.Suporte (Apoio) social
15. Atividade sexual
Domínio V- Ambiente
16. Segurança física e proteção
17. Ambiente no lar
18. Recursos financeiros
19. Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade
20. Oportunidades de adquirir novas informações e habilidades
21. Participação em, e oportunidades de recreação/lazer
22. Ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima)
23. Transporte
Domínio VI- Aspectos espirituais/Religião/Crenças pessoais
24. Espiritualidade/religião/crenças pessoais.(OMS)
Como pode-se analisar, a qualidade de vida não é um conceito tão subjetivo, e se modificarmos pequenos hábitos com relação a esses itens acima poderemos ter uma vida mais satisfatória. Quem modifica o mundo somos nós, mas cada um o faz para si, e dificilmente também servirá para nós. Por isso devemos ter consciência de que “nós devemos mudar o mundo para chegar aos nossos interesses”, e não ficar esperando que a sorte o faça porque ela só serve para quem está preparado ou se preparando para poder aproveitá-la. Não devemos deixar muitas vezes que o mundo nos domine, mas que nós “dominemos o mundo” à nossa volta, não no aspecto doentio do termo, mas procurando controlar as coisas ao nosso redor e se ajustando às coisas importantes de verdade, para logramos êxito em tudo que planejamos alcançar. Isso se alcançará de forma mais fácil se nós conseguirmos muitas vezes “transformar em palavras fielmente o que sentimos sobre as coisas”, cada um à sua forma. Uns fazem isso através da ciência, tecnologia, filosofia, literatura, poesia, futebol, música e religiosidade principalmente, e eu não descarto nenhuma delas, todas são importantes. E aos derrotistas e aos que querem “amputar” às expressões do ser humano considero que tenham a mente mais “aberta”, e isso se consegue com o conhecimento. E a Humanidade é muito importante para a tratarmos com a metodologia “do erro e acerto”. Precisamos sim de dinheiro para mudar as coisas porque “só relógio trabalha de graça” e do conhecimento científico porque precisamos desenvolver às pessoas e instituições para nos tornarmos um país de primeiro mundo, não financeiramente, mas principalmente de pessoas que vivam melhor e com uma vida planejada para eficiência em seus vários aspectos.
Até uma próxima oportunidade.
É soldado da Polícia Militar do Paraná, pai de família, de religião Protestante, ministro de serviço religioso e escritor de artigos sobre assuntos variados.

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