Ativista internacional quer reconhecimento
Na maioria dos sistemas legais, temos o direito à liberdade de expressão e e de religinão, mas não temos direito a respirar ar limpo e beber água segura. Isto tem mudar.
Este é o recado da conhecida autora, ativista e estudiosa Maude Barlow, que quer que estes direitos sejam reconhecidos. Neste ano, ela conseguiu arquitetar uma vitória marcante: a ONU adotou formalmente uma resolução reconhecendo o direito humano à água (embora os EUA se abstivessem).
Agora Barlow faz parte de um movimento internacional que envolve governos, cientistas e ativistas, que trabalham com direito ambiental, para dar mais visibilidade à questão na Conferência Sobre a Mudança do Clima, em Cancún.
As negociações estão atraindo pouca atenção da mídia, mas milhares de pessoas de todo o mundo estão em Cancún para fazer sua manifestação política, e realizar reuniões alternativas e manifestações fora da conferência. Na semana passada, a organização internacional militante La Via Campesina levou Bqrlow e centenas de ativistas a uma viagem pelo interior do México, para que vissem como a mudança do clima já altera comunidades rurais. Este e outros grupos convergiram para a cidade do México, ocupando a praça Zócalo, no centro.
Ativistas em Cancún e na Cidade do México estão se aglutinando em torno da causa dos direitos ambientais. Muitos apoiam um documento chamado Acordo do Povo Sobre a Mudança do Clima, que inclue uma Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra. É um nome idealista par uma proposta que pode soar visionária ou improvável, não fosse pelo fato de representar o trabalho de representantes de 56 países e dezenas de milhares de pessoas, que participaram de uma conferência do clima em Cochabamba, em abril último. O documento declara que todos têm o direito a coisas básicas como água e ar limpos, e mais: que os ecossistemas do planeta também têm direitos.
É improvável que as propostas de Cochamabamba entrem em qualquer acordo formal de Cancún. Mas a idéia dos direitos ambientais ganha corpo. Em setembro de 2008, o Equador reconheceu formalmente os direitos da natureza em sua nova constituição. Nos Estados Unidos, diversas cidades, como Pittsburgh, reconheceram estes direitos.
Segundo Maude Barlow declarou ao Alternet, "não existem direitos humanos se não protegermos a Terra que nos dá vida e não começarmos a respeitar outras espécies e lutarmos pela limpeza da água e do solo".
Retirado do site http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planetaurgente/temos-direito-agua-ar-limpo-275634_post.shtml
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