China investirá 15 bilhões de dólares em veículos 'verdes'
Trata-se de uma das tentativas mais ambiciosas do mundo de desenvolvimento de sistemas elétricos e híbridos
Pequim garantiu que dentro de três anos esses carros podem corresponder a 5% das vendas de automóveis no país
O governo chinês, decidido a se tornar um líder mundial em tecnologia verde, afirmou que planeja investir bilhões de dólares nos próximos anos para desenvolver veículos elétricos e híbridos. O governo afirmou que um grupo de grandes empresas estatais está pronto para formar uma aliança para pesquisa e desenvolvimento e criar padrões para veículos elétricos e híbridos.
O plano pretende colocar mais de uma milhão de veículos verdes nas ruas ao longo dos próximos anos. O mercado de automóveis chinês é o maior e o que mais rápido cresce no mundo. O anúncio, segundo analistas, é outro exemplo de como a China pretende reunir recursos e fazer frente às indústrias e novos mercados. O plano também destaca o que o país descreve como um compromisso crescente na luta contra a poluição e redução de emissões de carbono.
De acordo com a imprensa controlada pelo estado, Pequim pretende investir cerca de 15 bilhões de dólares na empreitada. Caso seja verdade, trata-se de uma das tentativas mais ambiciosas de desenvolver veículos com maior eficiência energética no mundo. O ousado plano, anunciado na quarta-feira por um dos órgãos mais poderosos da China, a estatal Comissão de Supervisão e Administração de Ativos (SASAC), opera sob as ordens do gabinete chinês, o Conselho de Estado. A partir de Pequim, supervisiona 125 grandes empresas estatais.
"As empresas estatais têm uma vantagem geral no desenvolvimento da indústria de veículos elétricos", disse Li Rongrong, presidente de comunicação da SASAC.
"Este é um plano que o governo gostaria de ver implementado e eles certamente têm recursos para levá-lo adiante”, disse Oded Shenkar, professor de administração da Ohio State University e autor de O Século Chinês. "O governo poderia facilmente subscrever ou subsidiar os custos de desenvolvimento e fará isso em um momento em que a indústria global de automóveis está em recuperação".
Poucos detalhes do plano foram divulgados. Pequim afirmou, contudo, que dentro de três anos 500 mil veículos verdes poderiam chegar ao mercado a cada ano e ocupar 5% das vendas de carros na China. Neste ano, analistas esperam que as vendas de veículos no pais cheguem a 17 milhões de unidades.
O anúncio da SASAC afirmou que a aliança será selada com cerca de 200 milhões de dólares. Mas outros relatos afirmam que o investimento está ligado ao plano do governo para revitalizar a indústria automobilística e promover veículos eficientes em termos energéticos com 15 bilhões de dólares.
Há alguma oposição ao plano. A edição em inglês do jornal estatal The Global Times afirmou na quinta-feira que alguns grupos criticaram a aliança, dizendo que favorece grandes empresas estatais e não deixa claro a questão da propriedade intelectual.
"Tal associação deve incluir todas as empresas poderosas da área e não apenas as estatais", disse Zhong Shi, diretor de redação do China Automotive Review. "Embora muitas empresas estrangeiras tenham acordos de tecnologia, não há nenhum precedente de troca de tecnologia bem sucedida na indústria chinesa".
O governo disse que as maiores petroleiras, companhias de energia, várias empresas militares e de aviação e duas das maiores montadoras do país, a China FAW Group e a Dongfeng Auto, estarão envolvidas no esforço.
O anuncio veio logo depois que a General Motors e a SAIC, baseada em Xangai e uma das maiores estatais fabricante de automóveis, anunciaram planos de uma parceria para desenvolver motores mais econômicos para o mercado global. Outra companhia chinesa, a BYD, que recebeu investimentos de Warren Buffett, desenvolve veículos movidos a bateria.
Se a China será capaz de desenvolver com sucesso veículos elétricos e híbridos em padrões de classe mundial ainda é incerto. O país tem muitas montadoras, mas a tecnologia de carros e motores está muito abaixo dos padrões japoneses e ocidentais. Muitos fabricantes de automóveis chineses, durante anos, foram acusados de roubar projetos e tecnologia. Mas a GM e a Volkswagen mantêm joint-ventures com fabricantes chineses. Especialistas dizem que algumas tecnologias desenvolvidas por engenheiros chineses são avançadas.
"O que existe na China é a confluência de duas coisas importantes", disse Shenkar. "A indústria automobilística foi o pilar da indústria chinesa. A segunda é a tecnologia verde, que é onde a ação vai acontecer. E a China quer estar lá".
Fonte: The New York Times
retirado do site www.jornaldomeioambiente.com.br
Pequim garantiu que dentro de três anos esses carros podem corresponder a 5% das vendas de automóveis no país
O governo chinês, decidido a se tornar um líder mundial em tecnologia verde, afirmou que planeja investir bilhões de dólares nos próximos anos para desenvolver veículos elétricos e híbridos. O governo afirmou que um grupo de grandes empresas estatais está pronto para formar uma aliança para pesquisa e desenvolvimento e criar padrões para veículos elétricos e híbridos.
O plano pretende colocar mais de uma milhão de veículos verdes nas ruas ao longo dos próximos anos. O mercado de automóveis chinês é o maior e o que mais rápido cresce no mundo. O anúncio, segundo analistas, é outro exemplo de como a China pretende reunir recursos e fazer frente às indústrias e novos mercados. O plano também destaca o que o país descreve como um compromisso crescente na luta contra a poluição e redução de emissões de carbono.
De acordo com a imprensa controlada pelo estado, Pequim pretende investir cerca de 15 bilhões de dólares na empreitada. Caso seja verdade, trata-se de uma das tentativas mais ambiciosas de desenvolver veículos com maior eficiência energética no mundo. O ousado plano, anunciado na quarta-feira por um dos órgãos mais poderosos da China, a estatal Comissão de Supervisão e Administração de Ativos (SASAC), opera sob as ordens do gabinete chinês, o Conselho de Estado. A partir de Pequim, supervisiona 125 grandes empresas estatais.
"As empresas estatais têm uma vantagem geral no desenvolvimento da indústria de veículos elétricos", disse Li Rongrong, presidente de comunicação da SASAC.
"Este é um plano que o governo gostaria de ver implementado e eles certamente têm recursos para levá-lo adiante”, disse Oded Shenkar, professor de administração da Ohio State University e autor de O Século Chinês. "O governo poderia facilmente subscrever ou subsidiar os custos de desenvolvimento e fará isso em um momento em que a indústria global de automóveis está em recuperação".
Poucos detalhes do plano foram divulgados. Pequim afirmou, contudo, que dentro de três anos 500 mil veículos verdes poderiam chegar ao mercado a cada ano e ocupar 5% das vendas de carros na China. Neste ano, analistas esperam que as vendas de veículos no pais cheguem a 17 milhões de unidades.
O anúncio da SASAC afirmou que a aliança será selada com cerca de 200 milhões de dólares. Mas outros relatos afirmam que o investimento está ligado ao plano do governo para revitalizar a indústria automobilística e promover veículos eficientes em termos energéticos com 15 bilhões de dólares.
Há alguma oposição ao plano. A edição em inglês do jornal estatal The Global Times afirmou na quinta-feira que alguns grupos criticaram a aliança, dizendo que favorece grandes empresas estatais e não deixa claro a questão da propriedade intelectual.
"Tal associação deve incluir todas as empresas poderosas da área e não apenas as estatais", disse Zhong Shi, diretor de redação do China Automotive Review. "Embora muitas empresas estrangeiras tenham acordos de tecnologia, não há nenhum precedente de troca de tecnologia bem sucedida na indústria chinesa".
O governo disse que as maiores petroleiras, companhias de energia, várias empresas militares e de aviação e duas das maiores montadoras do país, a China FAW Group e a Dongfeng Auto, estarão envolvidas no esforço.
O anuncio veio logo depois que a General Motors e a SAIC, baseada em Xangai e uma das maiores estatais fabricante de automóveis, anunciaram planos de uma parceria para desenvolver motores mais econômicos para o mercado global. Outra companhia chinesa, a BYD, que recebeu investimentos de Warren Buffett, desenvolve veículos movidos a bateria.
Se a China será capaz de desenvolver com sucesso veículos elétricos e híbridos em padrões de classe mundial ainda é incerto. O país tem muitas montadoras, mas a tecnologia de carros e motores está muito abaixo dos padrões japoneses e ocidentais. Muitos fabricantes de automóveis chineses, durante anos, foram acusados de roubar projetos e tecnologia. Mas a GM e a Volkswagen mantêm joint-ventures com fabricantes chineses. Especialistas dizem que algumas tecnologias desenvolvidas por engenheiros chineses são avançadas.
"O que existe na China é a confluência de duas coisas importantes", disse Shenkar. "A indústria automobilística foi o pilar da indústria chinesa. A segunda é a tecnologia verde, que é onde a ação vai acontecer. E a China quer estar lá".
Fonte: The New York Times
retirado do site www.jornaldomeioambiente.com.br
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