EDITORIAL
Parques esvaziados
Publicado em 24 de abril de 2011
Quando se proclama a notória preferência da população pelas praias como forma de lazer, em detrimento dos inúmeros parques existentes no perímetro urbano de Fortaleza, não se levam devidamente em conta os diversos fatores a funcionar como impositivas restrições à existência de outras alternativas com apelos diferentes dos oferecidos ao longo da orla marítima, que se torna dessa maneira a opção única.
Na realidade, apesar de ainda estarem longe de oferecer a seus frequentadores e visitantes um nível razoável de limpeza, segurança e preservação material, as praias estão em melhores condições do que as apresentadas pelos parques da cidade, vários deles em deplorável estado de conservação e, em sua maioria, já com seus espaços dominados, tanto no período noturno quanto durante o dia, por levas de desocupados, moradores de rua e até mesmo gangues de marginais à espera de transeuntes incautos.
Quem conheceu o chamado Parque da Criança no passado recente, quando o local chegava a sediar feiras de diversões e era um dos pontos prediletos de famílias que levavam seus filhos menores para pedalar nos barquinhos do lago, hoje se constrange ao deparar com o estado de sujeira do ambiente. Tudo agravado pelo aspecto fétido da água empoçada no local, fértil e impune criadouro dos nefastos mosquitos transmissores da dengue. Nada mais subsistiu das atividades sociodiversionais ali outrora promovidas. Como em tantos logradouros públicos da quinta mais populosa metrópole do Brasil, o aspecto é de completo abandono, com perigos sempre à espreita. Só os mais renitentes saudosistas vez por outra retornam ao local, mas para atestarem revoltados, com os próprios olhos, como conseguiu mudar para pior, em tão curto período, a imagem de um dos ícones urbanos da Capital. A absoluta falta de incentivos, aliada à descaracterização das áreas de lazer de Fortaleza, vem relegando progressivamente a um completo ostracismo os 91,08 hectares de áreas verdes dos 13 parques urbanos, 12 dos quais administrados pelo Município. Uma lástima.
Em alguns onde ainda existem quadras de esportes e "playgrounds", esses locais não possuem mais sequer condições de ser utilizados, gerando espaços ociosos que, se adequadamente aproveitados, em muito contribuiriam para momentos de saudável entretenimento da população. Uma das raras iniciativas no sentido de chamar a atenção do público é a recente promoção da "Música para Todos", com periodicidade mensal, no Parque Adahil Barreto.
Tantos são os fatores, somados na composição e persistência do lamentável quadro, que somente uma firme atitude das autoridades responsáveis lograria reverter o problema. Ressalte-se que sua solução está bem ao alcance do possível e reside apenas numa postura de gestão.
A recuperação e a revalorização das áreas citadas, raros respiradouros ambientais ainda existentes na área municipal, não demandam o emprego de grandes verbas, mas tão somente uma disposição para realizar a limpeza do local, manter os mínimos requisitos de segurança para os frequentadores e o estímulo constante à promoção de atividades sociais prazerosas para crianças, adultos e idosos.
Na realidade, apesar de ainda estarem longe de oferecer a seus frequentadores e visitantes um nível razoável de limpeza, segurança e preservação material, as praias estão em melhores condições do que as apresentadas pelos parques da cidade, vários deles em deplorável estado de conservação e, em sua maioria, já com seus espaços dominados, tanto no período noturno quanto durante o dia, por levas de desocupados, moradores de rua e até mesmo gangues de marginais à espera de transeuntes incautos.
Quem conheceu o chamado Parque da Criança no passado recente, quando o local chegava a sediar feiras de diversões e era um dos pontos prediletos de famílias que levavam seus filhos menores para pedalar nos barquinhos do lago, hoje se constrange ao deparar com o estado de sujeira do ambiente. Tudo agravado pelo aspecto fétido da água empoçada no local, fértil e impune criadouro dos nefastos mosquitos transmissores da dengue. Nada mais subsistiu das atividades sociodiversionais ali outrora promovidas. Como em tantos logradouros públicos da quinta mais populosa metrópole do Brasil, o aspecto é de completo abandono, com perigos sempre à espreita. Só os mais renitentes saudosistas vez por outra retornam ao local, mas para atestarem revoltados, com os próprios olhos, como conseguiu mudar para pior, em tão curto período, a imagem de um dos ícones urbanos da Capital. A absoluta falta de incentivos, aliada à descaracterização das áreas de lazer de Fortaleza, vem relegando progressivamente a um completo ostracismo os 91,08 hectares de áreas verdes dos 13 parques urbanos, 12 dos quais administrados pelo Município. Uma lástima.
Em alguns onde ainda existem quadras de esportes e "playgrounds", esses locais não possuem mais sequer condições de ser utilizados, gerando espaços ociosos que, se adequadamente aproveitados, em muito contribuiriam para momentos de saudável entretenimento da população. Uma das raras iniciativas no sentido de chamar a atenção do público é a recente promoção da "Música para Todos", com periodicidade mensal, no Parque Adahil Barreto.
Tantos são os fatores, somados na composição e persistência do lamentável quadro, que somente uma firme atitude das autoridades responsáveis lograria reverter o problema. Ressalte-se que sua solução está bem ao alcance do possível e reside apenas numa postura de gestão.
A recuperação e a revalorização das áreas citadas, raros respiradouros ambientais ainda existentes na área municipal, não demandam o emprego de grandes verbas, mas tão somente uma disposição para realizar a limpeza do local, manter os mínimos requisitos de segurança para os frequentadores e o estímulo constante à promoção de atividades sociais prazerosas para crianças, adultos e idosos.
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