O corrupião vermelho
Publicado em 26 de junho de 2011
Havia perto da casa de Pedro um corrupião vermelho, sempre a aparecer cantando nos muros, voando entre as árvores, mas depois voltando e enchendo o ambiente com seus lindos melódicos sons.
Que graça era ouvi-lo.
De cor laranja - vivo, bico preto e íris amarelo-limão, o pássaro encantava só de se ver e ouvir pela primeira vez.
Pedro, encantado com a ave, armou uma armadilha, usando o infalível melão de São Caetano.
Não demorou, e logo capturou a pobre ave.
Porém, não sendo de lamentar, ela cantava seus dias agora presa numa gaiola.
E Pedro mostrava a todos sua joia melódica.
Mas o tempo foi passando e a cor do pássaro mudando, ficou menos belo, mas sua música era ainda a mesma.
Pedro começou a ter pena da ave.
Aquela que cantava tão bem o luar do sertão. O que lhe orgulhava de conquista, passou a lhe acordar a compaixão.
Ave não era para ser presa, ave era para voar, daí tinha Deus lhe dado asas.
Um dia, não aguentou.
Acordou cedo e depois do café retirou a gaiola e caminhou até as matas dos arredores de sua cidade.
Com carinho pegou a frágil ave, e a lançou ao céu.
Esta voltou e em torno dele deu dois voos, como a agradecer-lhe a liberdade. Depois, perdeu-se distante nas alturas celestes, cruzando nuvens e seguindo sua trilha que a natureza trilhou. Pedro nunca mais a viu. Mas seu coração estava em paz. Às vezes, sonhava com o som do corrupião vermelho e acordava com a alegria de que o pássaro lhe havia visitado em sonho.
Assim foi a sua vida depois de ter libertado a ave. Agora ele sempre amava a liberdade dos pássaros e seus cantos, sem nunca aprisioná-los. Desta forma, Pedro era muito mais feliz.
(Melhor do que o canto de uma ave presa, é avivar na alma a compaixão).
Bérgson FrotaCronista
Que graça era ouvi-lo.
De cor laranja - vivo, bico preto e íris amarelo-limão, o pássaro encantava só de se ver e ouvir pela primeira vez.
Pedro, encantado com a ave, armou uma armadilha, usando o infalível melão de São Caetano.
Não demorou, e logo capturou a pobre ave.
Porém, não sendo de lamentar, ela cantava seus dias agora presa numa gaiola.
E Pedro mostrava a todos sua joia melódica.
Mas o tempo foi passando e a cor do pássaro mudando, ficou menos belo, mas sua música era ainda a mesma.
Pedro começou a ter pena da ave.
Aquela que cantava tão bem o luar do sertão. O que lhe orgulhava de conquista, passou a lhe acordar a compaixão.
Ave não era para ser presa, ave era para voar, daí tinha Deus lhe dado asas.
Um dia, não aguentou.
Acordou cedo e depois do café retirou a gaiola e caminhou até as matas dos arredores de sua cidade.
Com carinho pegou a frágil ave, e a lançou ao céu.
Esta voltou e em torno dele deu dois voos, como a agradecer-lhe a liberdade. Depois, perdeu-se distante nas alturas celestes, cruzando nuvens e seguindo sua trilha que a natureza trilhou. Pedro nunca mais a viu. Mas seu coração estava em paz. Às vezes, sonhava com o som do corrupião vermelho e acordava com a alegria de que o pássaro lhe havia visitado em sonho.
Assim foi a sua vida depois de ter libertado a ave. Agora ele sempre amava a liberdade dos pássaros e seus cantos, sem nunca aprisioná-los. Desta forma, Pedro era muito mais feliz.
(Melhor do que o canto de uma ave presa, é avivar na alma a compaixão).
Bérgson FrotaCronista
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