quarta-feira, 15 de junho de 2011

A CAATINGA EM DISCUSSÃO

17 de junho - Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca



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Na próxima sexta feira, 17, o mundo se une para o Dia Mundial de Combate a Desertificação. Para isso a Convenção Internacional de Combate à Desertificação nos países afetados pela Seca Grave e Desertificação, realiza atividades que fazem parte do aproveitamento integrado da terra nas zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas com vistas ao seu desenvolvimento sustentável.
O objetivo é prevenir e reduzir, reabilitar e recuperar as terras que foram degradadas.
A desertificação é um fenômeno decorrente de um conjunto de fatores (incluindo as variações climáticas e as atividades humanas, como a erosão do solo causada pelo vento, ou chuva, a deterioração das propriedades físicas, químicas, biológicas ou econômicas do solo, e a destruição da vegetação por período prolongados) que juntos, resultam na transformação de determinadas áreas em deserto. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), 2007, 15,7% do território nacional estão susceptíveis a desertificação,
Estudos do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca-PAE-CE, apontam que a desertificação no semiárido nordestino vem comprometendo uma área de mais de 180.000 km², e resulta em impactos difusos e concentrados sobre o território e acabam refletindo, além na dimensão ambiental, mas na social e na econômica, como a diminuição da biodiversidade, da fertilidade do solo, da perda da capacidade produtiva dos grupos familiares, gerando maiores movimentos migratórios, dentre outros.
Relatório do Ministério do Meio Ambiente (MMA), aponta que as perdas econômicas geradas pela desertificação, chegam a cerca de 800 milhões de dólares por ano, e os custos com a recuperação das áreas podem alcançar os dois bilhões de dólares em 20 anos. A maior parte da região semiárida do Nordeste se transformará em área árida até o final do século 21 em consequência do aquecimento global, diz o MMA, baseado emdados do IPCC.
BIODIVERSIDADE DA CAATINGA
Os répteis ocorrem em praticamente todos os ecossistemas brasileiros e, por serem ectotérmicos (animais que conhecemos como de “sangue frio”), são especialmente diversos e abundantes nas regiões mais quentes do País. A maior diversidade de répteis do Brasil, é encontrada na Amazônia, cerca de 350 espécies, na Mata Atlântica, quase 200 espécies, no Cerrado mais de 150 espécies. Na Caatinga existem mais de 110 espécies de répteis, sendo 10 de lagartos.
Um exemplo é o Calango Verde (Cnemidophorus ocellifer). Tem habitats diurnos e prefere sair nas horas mais quentes do dia. Vive no chão em locais pedregosos e com moita, e abriga-se sob rochas e troncos caídos, o que explica a resistência do mesmo aos locais impactados pela desertificação.
O Calango Verde tem corpo cilíndrico e alongado, com a cauda longa e forte. O dorso é marrom-escuro, com a parte lateral riscada por listras brancas ou esverdeadas no sentido de seu comprimento. O macho pode chegar aos 12 centímetros de comprimento, a fêmea costuma ser menor. A reprodução da espécie acontece na época de chuva, e choca até cinco ovos. Os filhotes nascem em média com três centímetros de comprimento.
Mais informações:
A Caatinga é um bioma com forte propensão à desertificação e por isso requer um cuidado especial nesse processo de transformação.
Além das mudanças climáticas naturais do Planeta, o desmatamento da Caatinga e a consequente desertificação, torna o ecossistema cada vez mais vulnerável.
SINTA O CLIMA DA CAATINGA
O Projeto No Clima da Caatinga, comprometido com o problema da seca na região da Caatinga, vai produzir mudas nativas para recompor a flora do Bioma. Para isso capacitará 60 pessoas, especialmente jovens das comunidades do município de Crateús, além de 20 gestores, técnicos, viveiristas e outros multiplicadores locais, através da promoção de oficinas.
florestal. Atualmente a Reserva Serra das Almas possui um viveiro com 20 espécies nativas desenvolvido pela Associação Caatinga em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).
Fonte: O ESTADO VERDE

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