terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

uma leitura para reflexão

Amazônia ainda é nossa


23/2/2010
Conservar-se recursos do meio ambiente, prejudicando o desenvolvimento das presentes e das futuras gerações, atendendo a apelos de países que exibem condições de primeiro mundo e que já não detêm recursos naturais em seus próprios territórios, pois estes já se encontram exauridos pelo uso indiscriminado e descomedido, deveria ser rotulado como crime de lesa-pátria. Esta falsa preocupação dos países desenvolvidos que querem a preservação e conservação de nossas riquezas naturais, em especial as situadas na região amazônica, alegando serem patrimônios da ecologia do planeta, com chavões do tipo: "Amazônia é o pulmão do mundo", são, como se diz popularmente, "conversas para boi dormir". O oxigênio que é liberado durante o dia é absorvido durante a noite (fotossíntese x respiração). O nosso oxigênio vem do mar, se o mundo dependesse do oxigênio da Amazônia já tinha se extinguido há muito tempo. Há a necessidade de realizar um grande empreendimento para a ocupação da Amazônia, com a participação de setores sociais, empresariais tecnológicos e científicos. Desta iniciativa, poderiam tomar parte ambientalistas sérios, e não comprometidos como o ministro Minc, que repete o que ouviu dizer. Precisamos nos valer do potencial econômico das nossas florestas e integrá-lo à nossa dinâmica econômica, já que potências estrangeiras interessadas nas imensas riquezas da região já contam como certa a internacionalização da Amazônia, que seria o primeiro passo para desnacionalização e ocupação dessa área. Isto tudo não são hipóteses sem fundamentos. Oitenta e dois por cento dos militares e setenta e oito por cento dos civis consideram possível uma invasão estrangeira da Amazônia. Ninguém vê o porque de tencionarem conservar aquela área. No ano passado, li o livro A menina que roubava livros. Ali se mostravam as atrocidades que sofriam os judeus e os não simpatizantes do nazismo e a adoração da maioria a Hitler e ao seu regime. Lembrei-me da nova "doutrina" que está se formando no Brasil: "não tocar no que constitui o meio ambiente" - como se isto fosse possível.


Francisco Braga Andrade - Professor universitário e membro da ACM

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