MEU MUNDO: MINHA SAUDADE
Este mundo em que vivo não é mais como era o meu.
Meu mundo tinha muitas aves e bichos correndo e cantando.
Nele não havia águas turvas, podres que a poluição escureceu
As matas se faziam sem fim e as árvores , belas , alturas afrontando.
Meu mundo tinha muita luz pura vindo lá do céu.
Tinha águas cristalinas e nascentes de rochas brotando.
Água que por vales e deslumbrantes colinas desceu.
Tinha frondosas árvores, rochas escarpadas, veredas serpenteando
Este mundo em que vivo viu, pouco a pouco perecendo.
A grandeza de suas matas, o cristal de suas águas é passado
Não há mais bichos e aves cantando, mas fugindo , se escondendo.
Longe já está meu mundo, mas perto no meu pensamento.
Mundo que vive em mim que, pelo sol, chuva e vento fui beijado.
Mundo de tanta saudade mas que lembrarei a todo momento.
JOAQUIM TAVARES – JUNHO DE 2011
BRANCAS AREIAS DO MEU SENTIR
O h, mar que fascínio havia, para mim, na tua mansidão
Com tuas águas calmas se espreguiçando nas brancas areias
No vaivém das tuas ondas se ouvia uma dolente canção
Ou, talvez, melodioso lamento de escondidas e belas sereias
O sol refletindo em tuas águas as tornava serenas e prateadas
Como se fosse enorme espelho cobrindo tua imensidão
Brancas eram as areias e nelas havia búzios , conchas brancas e amareladas
Caminhando , solitário , meu pensamento vagava e cantava o coração
Hoje os melodiosos lamentos das sereias não são ouvidos, são passado
Tuas ondas beijam, ainda , as areias mas delas a brancura desapareceu
Tuas águas não são mais cristalinas mas turvas de tom amarelado
Agora , te contemplando, lembro a beleza de ti que agora feneceu
Me invade a tristeza , porque , sem querer também fui culpado
Mas, pelo que sinto e amo, o meu mar ainda não morreu
FORTALEZA, JULHO DE 2011-08-17
JOAQUIM TAVARES
Nenhum comentário:
Postar um comentário