Basta um passeio rápido pelas ruas de Fortaleza para que a falta de cuidado seja revelada. Nem é preciso escolher muito, em praticamente todos os bairros da Capital há sinais da atuação. Eles não têm restrição: locais como postes, muros, monumentos, prédios públicos ou privados. Nada escapa da mira dos pichadores.
Ainda assim, a Guarda Municipal realizou, em 2011, uma prisão e 15 apreensões de pessoas em flagrante, envolvidas com a pichação.
Apesar de reduzido, o número de detidos é o maior dos últimos três anos, segundo o comandante do Pelotão de Guarda Comunitária Municipal, Paulo Martins. “Em 2009, foram sete casos e, em 2010, foram 14”, pontua.
Gastos das famílias
E nem adianta comprar tinta fresca para tentar reparar o estrago. À aposentada Francisco Isolda Costa, 69, não resta mais esperanças de ver seu muro e portão limpos. “(A limpeza) não dura nem dois dias”, faz a previsão. A casa dela, próximo ao Ginásio Paulo Sarasate, no Centro, já teve dezenas de traços feitos por pichadores. “A gente se revolta, mas não há o que fazer”.
Quanto mais difícil for o local para o rabisco, mais os pichadores se estimulam. Na rua da auxiliar administrativa Cherlene Araújo, 22, próxima à avenida Soriano Albuquerque, é difícil achar casa que não tenha sido vítima das ações. “Lá em casa mesmo, acabou de receber os riscos. Eu acho que são pessoas sem consciência. As pichações deixam feia a rua, e como consequência, a cidade também se enfeia”, desabafa.
Na rua Visconde do Rio Branco, no Joaquim Távora, moradores reclamam do dinheiro gasto com banho de tinta. “E não adianta é nada, porque já, já, eles sujam de novo”, conclui André Alves, 28, empresário. “Dá vontade de pegar um ‘cabra’ desses e sujar todo de tinta”, emenda.
Nem estádios públicos de futebol e monumentos históricos escapam da mira dos sprays dos pichadores. Alvos recentes, estádio Presidente Vargas, no bairro Benfica, e a torre de Cristo Rei, localizada na praça Cristo Redentor, na Praia de Iracema, no entanto, são apontados por Martins como “exceções”. “Normalmente eles picham em áreas privadas, onde não tem atuação da guarda municipal para proteger o espaço”, afirma.
ENTENDA A NOTÍCIA
A pichação feita no estádio Presidente Vargas, menos de três meses após sua abertura, e o estrago feito ao monumento Cristo Rei, na Praia de Iracema, chamam a atenção para a falta de cuidado com o patrimônio.
SAIBA MAIS
A Lei Nº 9.605/ 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Dos crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural.
Art 65: Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
Pena: detenção de três meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa.
(O POVO)
Fonte: BLOG DO ELIOMAR - www.opovo.com.br
Ainda assim, a Guarda Municipal realizou, em 2011, uma prisão e 15 apreensões de pessoas em flagrante, envolvidas com a pichação.
Apesar de reduzido, o número de detidos é o maior dos últimos três anos, segundo o comandante do Pelotão de Guarda Comunitária Municipal, Paulo Martins. “Em 2009, foram sete casos e, em 2010, foram 14”, pontua.
Gastos das famílias
E nem adianta comprar tinta fresca para tentar reparar o estrago. À aposentada Francisco Isolda Costa, 69, não resta mais esperanças de ver seu muro e portão limpos. “(A limpeza) não dura nem dois dias”, faz a previsão. A casa dela, próximo ao Ginásio Paulo Sarasate, no Centro, já teve dezenas de traços feitos por pichadores. “A gente se revolta, mas não há o que fazer”.
Quanto mais difícil for o local para o rabisco, mais os pichadores se estimulam. Na rua da auxiliar administrativa Cherlene Araújo, 22, próxima à avenida Soriano Albuquerque, é difícil achar casa que não tenha sido vítima das ações. “Lá em casa mesmo, acabou de receber os riscos. Eu acho que são pessoas sem consciência. As pichações deixam feia a rua, e como consequência, a cidade também se enfeia”, desabafa.
Na rua Visconde do Rio Branco, no Joaquim Távora, moradores reclamam do dinheiro gasto com banho de tinta. “E não adianta é nada, porque já, já, eles sujam de novo”, conclui André Alves, 28, empresário. “Dá vontade de pegar um ‘cabra’ desses e sujar todo de tinta”, emenda.
Nem estádios públicos de futebol e monumentos históricos escapam da mira dos sprays dos pichadores. Alvos recentes, estádio Presidente Vargas, no bairro Benfica, e a torre de Cristo Rei, localizada na praça Cristo Redentor, na Praia de Iracema, no entanto, são apontados por Martins como “exceções”. “Normalmente eles picham em áreas privadas, onde não tem atuação da guarda municipal para proteger o espaço”, afirma.
ENTENDA A NOTÍCIA
A pichação feita no estádio Presidente Vargas, menos de três meses após sua abertura, e o estrago feito ao monumento Cristo Rei, na Praia de Iracema, chamam a atenção para a falta de cuidado com o patrimônio.
SAIBA MAIS
A Lei Nº 9.605/ 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Dos crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural.
Art 65: Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
Pena: detenção de três meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa.
(O POVO)
Fonte: BLOG DO ELIOMAR - www.opovo.com.br
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