quinta-feira, 19 de maio de 2011

PARA REFLETIR

O aproveitamento hidrelétrico da Amazônia e seus opositores
Escrito por Joaquim Francisco de Carvalho   
30-Abr-2011
 
Penso que há um problema de base na disputa entre os ambientalistas de passeata e os ecologistas-cientistas, em torno do aproveitamento racional do potencial hidrelétrico da Amazônia.
 
É que os ambientalistas de passeata são fundamentalistas. E fundamentalismos, assim como convicções religiosas, não são passíveis de discussão. "Religião não se discute", diz a sabedoria popular...
 
No entanto, ouso ponderar o seguinte: decerto os ecossistemas amazônicos são delicados. Mas é claro que vão continuar a evoluir, como vem evoluído há milênios, com ou sem a presença do homem.
 
E não é plausível que os ecossistemas amazônicos possam ser conservados em sua condição prístina (se é que se pode pensar em condição prístina de sistemas que, por natureza, vem evoluindo desde a origem, como são todos os ecossistemas terrestres).
 
Canais navegáveis, represas e até o uso turístico vão alterar a configuração atual da Amazônia – tanto quanto o fizeram as queimadas características da agricultura dos índios.
 
Assim, porque não aproveitar apenas 80% do potencial hidrelétrico da região, para gerar eletricidade que vai contribuir muito para melhorar a qualidade de vida de toda a população brasileira?
 
Os índios (que fazem parte do ecossistema) também vão continuar alterando a Amazônia, com suas queimadas e derrubadas de árvores – enquanto as hidrelétricas alagariam apenas 0,5% da área da região, aí incluído o espaço que de qualquer forma é alagado pelos rios, nas estações chuvosas.
 
De resto, quem está adorando a agitação das ONGs contra as hidrelétricas é o Eike Baptista, "et pour cause...". E a indústria nuclear também agradece aos "cientistas ambientais de passeata".
 
E nós, que também fazemos parte do ecossistema, em breve teremos belíssimas e simpáticas termelétricas a carvão e nucleares, para gerar a eletricidade que poderia ser gerada na Amazônia, de fonte renovável, limpa e muito mais econômica.
 
Joaquim Francisco de Carvalho, licenciado em Física e mestre em Engenharia Nuclear, foi engenheiro da CESP.
  Fonte: www.correiocidadania.com.br

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