EDITORIAL
Plante uma árvore
05.06.2012
Na efeméride do Meio Ambiente, Fortaleza não tem, de fato, o que comemorar. Na cultura dominante, há infinitamente muito mais iniciativas para o corte acentuado das árvores do que para o plantio de novas espécies.
Levando em conta o déficit crescente de cobertura vegetal na Capital, o Grupo Edson Queiroz lançou campanha para estimular o plantio de árvores, de modo a melhorar as condições mesológicas para seus habitantes.
Fortaleza se presta muito bem para esse tipo de iniciativa, levando-se em conta a riqueza de água existente no subsolo de suas regiões baixas, cortadas por vales e riachos.
Outrora, a Capital do Ceará destacava-se no ranking nacional pela cobertura vegetal de seu sítio urbano, contrastando com as dunas edafizadas da faixa litorânea leste.
O hábito do plantio de árvores frutíferas e para a proteção climática das moradias era decorrência natural das chácaras predominantes em bairros como Benfica, Alagadiço, Damas, Jardim América e Jacarecanga.
Esse costume de residir cercado pelo verde natural predominou por inúmeras décadas, registrando os seus primeiros abalos com a expansão da rede pública de serviços essenciais, como os de energia elétrica, telefonia, abastecimento de água e esgoto e, até os anos 60, dos ônibus elétricos nas maiores avenidas.
Fortaleza sempre foi privilegiada pelo cinturão verde espalhado no entorno do perímetro central e de seus bairros tradicionais, como a protegê-la. A expansão urbana foi responsável pelo desmonte desse círculo de proteção. A construção de novas moradias implicou na derrubada de árvores centenárias, de forma desordenada e imprevidente.
Esse costume prejudicial ao meio ambiente ainda hoje se constata pelos pedidos de corte de 300 árvores, por mês, feitos à Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb). A maioria se origina na própria população, sem observar a exigência de plantio de duas árvores por cada uma abatida.
A iniciativa do Grupo Edson Queiroz com o objetivo de incentivar o gosto pelo plantio de árvores na paisagem urbana se fundamenta no retorno que elas proporcionam, como a melhoria da umidade do ar, as sombras refrescantes e o conforto proporcionado pelo clima mais ameno. Esse estímulo é uma forma de educação ambiental. Embora informal, ele tem relevância, pois o benefício é coletivo.
Pela grandeza de seu relevante propósito, a campanha não se cinge, apenas, a Fortaleza. O Interior encontra-se totalmente desprotegido do verde.
Em algumas áreas da zona norte, pelo processo de desertificação iniciado por Irauçuba e irradiado pelo seu entorno. Também o Vale do Jaguaribe apresenta indícios ampliados de desertificação. Os Inhamuns lideram em aridez e escassez d´água.
Os municípios criados nos últimos 50 anos não tiveram a preocupação com o verde. Todos eles apresentam vestígios de ambiente de deserto. Nem a nova Jaguaribara, cidade planejada, se salvou da falta do verde. Daí ser oportuno e louvável qualquer iniciativa dos gestores interioranos para mudar essa paisagem.
Há, também, poucas cidades antigas que tiveram a preocupação em preservar suas árvores nativas, mantendo, assim, ambientes de verdadeiro oásis. Entre elas se destacam Jardim, na Serra do Araripe; Ipu, no sopé da Ibiapaba; Crato, encostada no Araripe; Penaforte, na divisa com Pernambuco. Verde é natureza
.
Levando em conta o déficit crescente de cobertura vegetal na Capital, o Grupo Edson Queiroz lançou campanha para estimular o plantio de árvores, de modo a melhorar as condições mesológicas para seus habitantes.
Fortaleza se presta muito bem para esse tipo de iniciativa, levando-se em conta a riqueza de água existente no subsolo de suas regiões baixas, cortadas por vales e riachos.
Outrora, a Capital do Ceará destacava-se no ranking nacional pela cobertura vegetal de seu sítio urbano, contrastando com as dunas edafizadas da faixa litorânea leste.
O hábito do plantio de árvores frutíferas e para a proteção climática das moradias era decorrência natural das chácaras predominantes em bairros como Benfica, Alagadiço, Damas, Jardim América e Jacarecanga.
Esse costume de residir cercado pelo verde natural predominou por inúmeras décadas, registrando os seus primeiros abalos com a expansão da rede pública de serviços essenciais, como os de energia elétrica, telefonia, abastecimento de água e esgoto e, até os anos 60, dos ônibus elétricos nas maiores avenidas.
Fortaleza sempre foi privilegiada pelo cinturão verde espalhado no entorno do perímetro central e de seus bairros tradicionais, como a protegê-la. A expansão urbana foi responsável pelo desmonte desse círculo de proteção. A construção de novas moradias implicou na derrubada de árvores centenárias, de forma desordenada e imprevidente.
Esse costume prejudicial ao meio ambiente ainda hoje se constata pelos pedidos de corte de 300 árvores, por mês, feitos à Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb). A maioria se origina na própria população, sem observar a exigência de plantio de duas árvores por cada uma abatida.
A iniciativa do Grupo Edson Queiroz com o objetivo de incentivar o gosto pelo plantio de árvores na paisagem urbana se fundamenta no retorno que elas proporcionam, como a melhoria da umidade do ar, as sombras refrescantes e o conforto proporcionado pelo clima mais ameno. Esse estímulo é uma forma de educação ambiental. Embora informal, ele tem relevância, pois o benefício é coletivo.
Pela grandeza de seu relevante propósito, a campanha não se cinge, apenas, a Fortaleza. O Interior encontra-se totalmente desprotegido do verde.
Em algumas áreas da zona norte, pelo processo de desertificação iniciado por Irauçuba e irradiado pelo seu entorno. Também o Vale do Jaguaribe apresenta indícios ampliados de desertificação. Os Inhamuns lideram em aridez e escassez d´água.
Os municípios criados nos últimos 50 anos não tiveram a preocupação com o verde. Todos eles apresentam vestígios de ambiente de deserto. Nem a nova Jaguaribara, cidade planejada, se salvou da falta do verde. Daí ser oportuno e louvável qualquer iniciativa dos gestores interioranos para mudar essa paisagem.
Há, também, poucas cidades antigas que tiveram a preocupação em preservar suas árvores nativas, mantendo, assim, ambientes de verdadeiro oásis. Entre elas se destacam Jardim, na Serra do Araripe; Ipu, no sopé da Ibiapaba; Crato, encostada no Araripe; Penaforte, na divisa com Pernambuco. Verde é natureza
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